sábado, 30 de setembro de 2017

Atividades de Vida Diária (AVDs)

AUTISMO: ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A AUTONOMIA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVDS)

por: comportese

Dando continuidade ao ensino de novas habilidades para crianças com autismo, vamos falar hoje sobre o treino de uma categoria de comportamentos fundamental para a qualidade de vida da criança autista e de seus familiares: o treino da autonomia nas atividades de vida diária (AVDs). Chamamos de AVDs as atividades rotineiras, ou seja, que são realizadas diariamente com funções de auto-cuidado e higiene pessoal. São elas: lavar as mãos; escovar os dentes; usar o banheiro; alimentar-se; tomar banho; vestir-se; utilização de eletrodomésticos; etc.
As crianças diagnosticadas dentro do espectro do autismo apresentam muita dificuldade na aprendizagem das atividades de vida diária, ficando dependentes de um adulto por mais tempo do que uma criança com desenvolvimento típico. Esta dificuldade se dá devido às deficiências na área da linguagem e das habilidades sociais. Ou seja, uma criança que não aprendeu a habilidade social de imitar não inicia as atividades rotineiras espontaneamente, imitando os adultos, como as crianças com desenvolvimento típico fazem com tanta naturalidade. Da mesma forma, uma criança que não desenvolveu a linguagem receptiva (compreender o que os outros dizem) não segue as instruções verbais dadas pelos adultos na execução das atividades rotineiras.
Na última semana tive a alegre oportunidade de passar alguns dias com as filhas gêmeas de uma amiga. Seguindo o caminho de seu desenvolvimento típico as meninas estão quase completando os 2 anos de idade. A minha prática diária com crianças com atraso no desenvolvimento, para as quais tudo é difícil e tem que ser muito planejado, fez com que cada minuto com estas meninas fosse uma grande surpresa para mim. Enquanto eu me arrumava para um jantar de trabalho, penteando o cabelo ou pintando os olhos na frente do espelho, sempre tinha uma das duas ao meu lado, com sua escova de cabelo fazendo igual. Então, era só eu esquecer o batom sobre a penteadeira para a pequenina pegá-lo e se dirigir ao mesmo espelho onde eu acabara de me maquiar e começar a fazer os mesmos movimentos que ela acabara de assistir atentamente.
Como eu ainda não tenho filhos, minha convivência com crianças se resume a, basicamente, crianças com algum atraso no desenvolvimento. Assim, estes dias com as filhas de minha amiga foram marcantes, pois eu vivi mais de perto a simplicidade, a naturalidade e a fluidez do aprendizado no desenvolvimento típico. Não é preciso esforço algum para uma criança com desenvolvimento típico aprender a escovar os dentes ou pentear seu cabelo, a imitação faz todo este serviço praticamente sozinha. O que a imitação não ensina, as instruções verbais do adulto corrigem rapidamente, e estas instruções não precisam ser pensadas, planejadas e quebradas em partes menores, as instruções podem ser incrivelmente naturais. Afinal, as crianças com desenvolvimento típico desenvolvem todas as habilidades verbais e sociais necessárias para compreenderem o que vêem e o que ouvem e, principalmente, estas crianças desenvolvem um interesse tão grande pelos outros indivíduos que torna altamente reforçador fazer igual a eles, parecer-se com eles, estar perto deles e fazer o que eles pedem.
É pela ausência destas habilidades sociais e verbais e pela ausência desta motivação natural por imitar e seguir a instrução de outras pessoas, que o ensino de atividades de vida diária a crianças com autismo é tão difícil e merece estratégias cuidadosas e planejadas.
As atividades de vida diária, bem como outras atividades complexas (isto é, compostas por mais de uma resposta), consistem em uma cadeia de respostas. Segundo Catânia (1999):
“Quando quebramos uma sequência de comportamentos em seus componentes, podemos começar a tratar a sequência como uma sucessão de operantes diferentes, cada um definido pela consequência reforçadora de produzir uma oportunidade de emitir o próximo, até que a sequência seja terminada por um reforçador. Esse tipo de sequência é denominado uma cadeia de respostas. (…) Qualquer segmento da sequência serve à dupla função de reforçar a última resposta e de produzir as condições que ocasionam a resposta seguinte.” (pg. 142).
Ou seja, uma cadeia de respostas ocorre quando uma variável antecedente inicial (estímulos do ambiente) evoca uma primeira resposta que produz uma consequência reforçadora que, por sua vez, além de fortalecer a resposta que a produziu, também funciona como estímulo antecedente que evoca a segunda resposta. Esta segunda resposta, então, produz uma consequência reforçadora que a fortalece e, também, evoca (como estímulo antecedente discriminativo) a terceira resposta, e assim por diante.
Vamos a um exemplo prático: o comportamento de lavar as mãos consiste em uma cadeia de respostas, já que o estímulo antecedente “mãos sujas” evoca a resposta de ir até o banheiro, o que produz como consequência a visão da torneira. Esta consequência evoca a resposta de abrir a torneira, que produz a consequência “água”, que por sua vez evoca a resposta de molhar as mãos. As mãos molhadas são o estímulo discriminativo para pegar o sabonete. O sabonete nas mãos é o estímulo discriminativo para ensaboar as mãos, o que produz como consequência as mãos com espuma, que é a estimulação antecedente que evoca a resposta de enxaguar as mãos. Com as mãos molhadas temos o estímulo antecedente que deve evocar a resposta de enxugar as mãos. Vejamos este exemplo na tabela abaixo. As consequências de uma resposta são também o estímulo antecedente para a próxima resposta.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Estratégias

ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO


  • Um dos principais problemas das crianças perturbação autística é a dificuldade em constituir pensamentos através da linguagem. Para estas crianças torna-se muito formar pensamentos a partir de imagens. Assim, palavras como os substantivos são facilmente aprendidas caso o professor associar às palavras imagens.


  • Para o ensino de numeros e de conceitos deve ser promovido o uso de métodos visuais concretos.


  • Podem existir dois tipos diferentes de ensinar crianças autistas a ler, algumas preferem métodos fônicos, enquanto outras, a memorização das palavras.


  • Uma outra dificuldade destas crianças é realizar sequenciações. Assim o professor deve evitar dar instrucções verbais longas (mais de três instrucções), preferindo, caso a criança já saiba ler, escrever as instrucções num papel.


  • Um dos problemas tipicos de crianças autistas é apresentarem défices a nível da percepção da informação auditiva, levando assim, a défices na audição. Desta forma, salas barulhentas não são apropriadas para estas crianças. Uma forma de proteger um pouco a criança será colocando-a em locais mais calmos da sala de aula onde este esteja o mais afastado possível de sons da campaínha da escola, som de cadeiras a serem arrastadas.


  • Uma outra característica de crianças com PEA é fixarem as suas ideias em determinados assuntos. Assim o professor poderá fazer uso destas ideias fixadoras integrando-as nos trabalhos escolares propostos.


  • Muitas destas crianças parecem apresentar uma grande capacidade para o desenho e para o manuseio do computador. Estas competêcias devem ser fortalecidas fornecendo à criança encorejamento a desenvolve-las cada vez mais.


  • Existem casos em que as crianças nao possuem um bom controlo manual e assim, nao conseguem desenhar as letras de forma precisa levando a situações de frustração. Caso o professor se encare com este problema poderá fazer uso do computador para a criança começar a escrever.


  • Algumas crianças autista apresentam associado um certo grau de hiperactividade. Uma das formas possiveis para acalmar o sistema nervoso destes alunos será fornecer a estes propriocepção e pressão que irá , através por exemplo do uso de coletes de enchimento.


  • Uma das formas de melhor o contacto visual e a fala destas crianças será quando o professor interagir de forma directa, tocando-lhes e olhando para elas.


  • É sabido que um dos problemas dos autistas é a linguagem, contudo é conhecido que conseguem se expressar com maior facilidade quando cantam. Assim, o professor poderá colocar as perguntas à criança sobre a forma de canção podendo a criança compreender melhor a informação.


  • Crianças que apresentem sensibilidade sonora poderão responder melhor caso o professor comunicar com elas sobre a forma de sussuro.


  • Algumas crianças não verbais poderão não ser capazes de processar estimulos visuais e auditivos em simultaneo. Assim o professor, deve de fornecer ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual, nunca devem ser dadas ambas ao mesmo tempo. Tal problema acontece porque o sistema nervoso da criança está ainda muito imaturo, não se encontrado apto para processar os dois tipos de informação.


  • Crianças não verbais autistas poderão ter como sentido mais apto o tacto. Assim,o professor deve fazer uso desta capacidade da criança e por exemplo ao ensinar as palavras ou os numeros, fornecer ao aluno letras e numeros em plástico para que elas possam senti-las.


  • Uma boa forma da criança aprender as suas rotinas será por exemplo, tocar nos objectos e senti-los alguns minutos antes para saber que actividade terão de executar.


  • Quando o professor fala perante a turma e dirige-se ao aluno deve chama-lo pelo nome várias vezes, para que se mantenha atento;


  • Quando pretende que a criança olhe para alguma informação no quadro procura e certifica-se que este olhe para o local pretendido;


  • Cria determinadas rotinas que mantém diariamente como escrever o plano do dia sempre no mesmo espaço do quadro, arruma a sala de forma estruturada;


  • O seu lugar fica perto do quadro sem crianças à sua frente para que não se distraia.


  • Se o aluno necessita de apoio mais directo pode ser importante ter sempre uma cadeira junto de si, pois assim ele sabe que sempre que precisar o professor pode sentar-se ali;


  • Ao seu lado deve estar sentado um colega com capacidade de desempenhar o papel de tutor;


  • Se existem regras afixadas (informativas de comportamentos que deve ou não deve ter) estas devem estar próximas e a criança deve aprender a olhar para elas sempre que o professor fornecer um sinal combinado.


  • Se a criança precisa de incentivos/motivações procurase que sejam dentro dos seus interesses e que possam ser compensadoras de desempenhos pretendidos;


  • Quando as crianças apresentam comportamentos disruptivos (esteriotipias) estas devem ser permitidas, contudo, de forma organizada e temporizada;


Estratégias baseadas no Modelo D.I.R

1. . Realizar Interacções Semi-estruturadas de resolução de problemas que envolvem competências cognitivas, sociais, emocionais e de linguagem. 

  • Se a criança é capaz de imitar e usar gestos complexos de resolução de problemas, o professor deve utilizar interacções dinâmicas de resolução de problemas.

  • Se a criança não é capaz de imitar ou de utilizar gestos complexos de resolução de problemas, o professor deve de fazer uso de exercícios mais estruturados para ensinar as competências.

Utilizar as Interacções espontâneas e desenvolvimentalmente apropriadas desenvolvidas pela criança com os professores e os pares e os encontros para brincar como forma de desenvolver capacidades desenvolvimentais funcionais (floortime).
2. Utilizar estratégias aumentativas de comunicação e desenvolver ajudas visuais de comunicação para essenciais ao processo de ensino-aprendizagem.
3. Exercícios estruturados que facilitam o desenvolvimento de competências imitativas e o planeamento motor.

Referências bibliográficas:
Carvalho, A., Onofre, C., APRENDER A OLHAR PARA O OUTRO:Inclusão da Criança com Perturbação do Espectro Autista na Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico. acedido em 27 de dezembro de 2008 pelas 14 horas em :http://sitio.dgidc.minedu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/712/aprender_olhar_outro.pdf
Hewitt, S.(2006).Compreender o Autismo- Estratégias para alunos com autismo nas escolas regulares. Porto Editora.Porto.
Maia, M. (2009). Apontamentos policopiados: D.I.R.: Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças 
Individuais e na Relação. Aula do dia 14 de Janeiro de 2009.

Fonte:http://topediatrica.blogspot.com.br/2009/11/estrategias-de-ensino-para-criancas-com.html

sábado, 16 de setembro de 2017

Terapia Ocupacional

TERAPIA OCUPACIONAL - Coordenação Motora Fina (4)

Johanna Cordeiro Melo Franco,
especialista no Conceito Neuroevolutivo Bobath e Integração Sensorial.

 


1) Pintura com os dedos - Trabalhar mobilidade dos dedos


2) Furador de papel (flores,estrelas,coração)- trabalhar fortalecimento muscular no dedo indicador depois realizar uma colagem com os desenhos.


3) Labirinto- colocar dentro saco ziploc com fita adesiva e gel de cabelo com bolinhas de gude.Trabalhar dedo indicador o caminho com a bolinha de gude.


4) Colocar moedas dentro do cofrinho -trabalhar o dedo indicador e polegar.


5) Colar os adesivos de bolinha dentro das
bolinhas desenhadas no papel.


6) Transferir os cereais(arroz,feijão,milho) de uma vasilha para potes de iogurte com colher sem deixar derramar.Pode brincar faz de conta-inventar uma receita e nomear os ingredientes e depois escolher os nomes das pessoas da familia ou da escola para oferecer a comidinha. 

fonte:

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Terapia Ocupacional


Por que a Terapia Ocupacional é importante para o Autismo?


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Estima-se que 60 a 70% das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresente um distúrbio sensorial (Adamson, 2006). Estudos têm demonstrado que as pessoas com TEA são mais lentas para integrar informações sensoriais recebidas por seus sentidos, tornando a sua velocidade de processamento muito mais lenta. Isso pode de alguma forma explicar por que as crianças com TEA são frequentemente sujeitas a “colapsos” (entenda-se reações exacerbadas) decorrentes da sobrecarga sensorial.
Crianças com TEA não têm os “filtros” apropriados para descartar informações irrelevantes e isso leva a sobrecarga sensorial.  Durante a aula, eles podem estar processando, por exemplo, o ruído do corredor, ao mesmo tempo que tentam lidar com as informações auditivas do professor explicando a lição e dos colegas que conversam em paralelo durante a aula. Essa sobrecarga sensorial pode se apresentar de várias maneiras, tais como comportamento desafiador, retirada e desligamento completo.
Existem, no entanto, um certo número de estratégias simples que podem ser utilizadas na sala de aula ou em casa para adicionar de forma eficaz os filtros sensoriais que muitas vezes essas crianças precisam. Os terapeutas ocupacionais são a chave para essa intervenção. Adicionando os filtros corretos e as intervenções, direcionando cada sistema sensorial, isso ajuda o sistema nervoso da criança se tornar mais organizado/regulado e, portanto, ajudando criança a ter atenção e desempenho eficazes no ambiente.
Você sabe o que é terapia ocupacional (TO)?
Os terapeutas ocupacionais trabalham para promover, manter e desenvolver as habilidades necessárias para que o cliente (neste caso, as crianças com TEA) seja funcional nos ambientes que participa. A participação ativa dessas crianças nos seus ambientes de vida promove:
  • Aprendizagem
  • Autoestima
  • Autoconfiança
  • Independência
  • Interação Social
Os terapeutas ocupacionais utilizam uma abordagem holística nos seus programas de intervenção. Eles levam em conta as capacidades e necessidades físicas, sociais, emocionais, sensoriais e cognitivas.
No caso do Autismo, terapeuta ocupacional trabalha para desenvolver habilidades para a escrita, habilidades motoras finas e habilidades da vida diária. No entanto, um papel muito importante é também avaliar e intervir nos distúrbios do processamento sensorial da criança. Isto é benéfico para remover as barreiras à aprendizagem e ajudar os alunos a se tornarem mais calmos e mais concentrados.
O trabalho de TO com as crianças que têm transtorno do processamento sensorial, muitas vezes é realizado por profissionais com a formação específica em integração sensorial. A Terapia de Integração Sensorial (TIS) é baseada na suposição de que a criança pode ser “hiper estimulada” ou “hipo estimulada” pelo ambiente. Portanto, o objetivo da TIS é melhorar a capacidade do cérebro de processar informações sensoriais para que a criança funcione melhor em seus ambientes durante com a execução de suas atividades diárias.
Para essas crianças são muitas vezes prescritas uma dieta sensorial pelo terapeuta ocupacional.
Entenda o que é uma dieta sensorial..
A maioria de nós inconscientemente aprende a combinar nossos sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar, equilíbrio, a consciência da posição do corpo no espaço – propriocepção), a fim de manejar nosso corpo da forma mais funcional possível no ambiente.
No caso da criança com TEA que apresenta disfunção na integração sensorial, cada uma terá um conjunto exclusivo de necessidades sensoriais, e essas necessidades são distintas, a depender do humor, do ambiente e da intervenção terapêutica.
A dieta sensorial é um planejamento de atividades diárias projetado de forma específica para a criança. Tem como objetivo incluir atividades sensoriais durante todo o dia da criança, a fim de melhorar o foco, a atenção e assegurar que a criança está sentindo ajustada durante todo o dia. Assim como o corpo precisa da comida correta e uniformemente espaçada ao longo do dia,  o corpo precisa de atividades para manter o seu nível de excitação ideal.
Uma dieta sensorial ajuda o sistema nervoso da criança a manter-se organizado e, portanto, auxilia na atenção e desempenho da criança. Um terapeuta ocupacional qualificado pode usar suas habilidades de treinamento e avaliação avançados para desenvolver uma dieta sensorial eficaz para o a criança com TEA a implementar ao longo do dia.
Os efeitos de uma dieta sensorial podem ser imediatos e cumulativos, ajudando a reestruturar o sistema nervoso da criança ao longo do tempo, de modo que ela é mais capaz de tolerar sensações e situações distratoras e desafiadoras. Além de também ajudar na regulação do estado de alerta e no aumento da capacidade de atenção. As estratégias usadas têm impacto na diminuição da busca sensorial e nos comportamentos evitativos,  auxiliando a lidar com transições sensoriais com menos stress.
Isso permite que a criança se concentre na tarefa que está realizando, no lugar de, por exemplo, ser distraída por estímulos, tais como, a sua etiqueta camisa batendo em seu pescoço ou o cheiro do creme para as mãos.
Uma pessoa com transtorno de processamento sensorial tem dificuldade para processar e agir de acordo com as informações recebidas do ambiente através dos sentidos, o que cria desafios na realização de tarefas cotidianas e pode resultar em, por exemplo, dificuldades de coordenação motora, problemas de comportamento, ansiedade, depressão, fracasso escolar , etc. Isto se o tratamento adequado não for procurado.
Na prática da Integração Sensorial, os terapeutas ocupacionais, muitas vezes, usam/orientam um circuito sensorial: uma série de atividades destinadas especificamente para despertar todos os sentidos de forma organizada. Eles são uma ótima maneira de energizar ou acalmar as crianças. O circuito inclui:
• Atividades de alerta (por exemplo, girar, saltar em uma bola de ginásio, pular, etc.)
• Atividades de organização (por exemplo, equilibrar-se sobre uma placa de oscilação, fazer malabarismos, etc.)
• Atividades calmantes (trabalho muscular intenso e profundo de pressão por exemplo, empurrar a parede) para dar uma consciência de seu corpo no espaço e aumentar a capacidade de auto-regular a entrada sensorial.
A intervenção da terapia ocupacional é comprovada  na melhoria da comunicação, das habilidades de interação e nas habilidades motoras. Além de reduzir a ansiedade e aumentar as oportunidades dessas crianças para prosperar e alcançar as demandas do ambiente.
É importante dizer que os distúrbios do processamento sensorial podem existir também na ausência de um diagnóstico de TEA.
Via: network.autism.org.uk | autoria: Corinna Laurie | imagem: Steve Corey