segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Brincar

O autismo e o Brincar











Percepção Visual



Sugestões de atividades que você pode fazer com o seu filho para desenvolver a uma boa percepção visual. Destinam-se para crianças de 3-5 anos de acordo com a competência de seu filho.

Boa percepção visual é uma habilidade importante, especialmente para o sucesso escolar. As crianças precisam de boa percepção visual para discriminação de letras e números,copiar do quadro, desenvolver a memória visual das coisas observadas, desenvolver uma boa coordenação olho-mão.


1-Faça um livro de recado com uma página de cada cor. Deixe o seu filho recortar fotos de objetos de vários tons de revistas antigas e colá-los nas páginas apropriadas.
 
2-Discutir e desenhar formas diferentes para o seu filho de identificar. Procure por objetos de formas semelhantes em seu ambiente.
 
3-Usando blocos de construção, pressione alguns juntos e pedir ao seu filho para copiar a seqüência de cores.
 
4-Enquanto olha para uma foto em um livro de história, digamos, "Eu vejo algo que é azul, marrom e vermelho." Pergunte ao seu filho para identificar o que você está olhando.
 
5-Desenhe uma figura incompleta e pedir ao seu filho para completá-lo. Adaptar o seu desenho para coincidir com sua habilidade.
 
6-Encontre um livro de fotos com várias imagens. Pergunte ao seu filho para olhar a foto por um tempo, em seguida, fechar o livro e dizer-lhe sobre a imagem.
 
7-Discussão sobre o uso das cores na sociedade - os carros de bombeiros vermelhos, sinais de alerta e sinais de perigo, as cores de veículos da polícia, ambulâncias, semáforos, etc
 
8-Deixe o seu filho completar ponto-a-ponto do desenho
 
9-Coloque cinco pequenos objetos sobre uma mesa na frente de seu filho. Pergunte a ela a desviar o olhar quando você remove um e substituí-lo com outro objeto. Ela deve dizer-lhe qual foi removido.

Atividades que desenvolvem

Atividades que estimulam o desenvolvimento de crianças com autismo

Confira como criar na escola um ambiente que estimule a todos, inclusive os alunos que têm autismo

Foto Carlos Rincon
Para Eugênio Cunha, doutor em educação e autor dos livros Autismo e Inclusão e Autismo na escola, o aluno aprende e o aluno com transtorno do espectro autista também. “O mito de que há educandos que não aprendem já foi superado, pois a aprendizagem é característica do ser humano, nascemos para aprender. Trata-se de uma expressão imanente da nossa humanidade, que abarca também oaprendente com autismo”, diz ele.
Apesar de a síndrome apresentar níveis diferentes de comprometimentos, Cunha ressalta que todos nós temos caraterísticas afetivas que podem ser exploradas no espaço escolar. Diante disso ele diz que o primeiro passo a ser dado pelo professor será o de conhecer seu aluno e seus afetos. Isso possibilitará a elaboração de atividades e afazeres que ajudarão a canalizar seu interesse. “A partir do princípio afetivo da atividade pedagógica, o professor começará a descobrir os recursos para a superação das dificuldades iniciais. Não se trata de uma regra, mas de um caminho, pois o afeto traz o desejo para os movimentos de ensino e aprendizagem. Quais atividades o aluno gosta de fazer? Como utilizá-las para desenvolver sua aprendizagem? São perguntas que irão ser respondidas nesse percurso”, ressalta.
Outro passo importante, de acordo com Cunha será observar possíveis alergias alimentares, que podem interferir no comportamento. A Lei 12.764/12, que trata do autismo, estabelece que a criança com autismo tem direito a terapia nutricional e a nutrição adequada. Nesse sentido, respeitando as características de cada estudante, seguem algumas sugestões de atividades para todas as crianças da educação infantil:

Pegadas

Objetivos: reconhecimento do pé direito e esquerdo, identificação lateral, trabalhar o equilíbrio, precisão nos passos, coordenação motora global e interação com os demais alunos.
O professor desenha ou cola pegadas no chão com a ajuda dos alunos, que poderão colorir as pegadas. Posteriormente, o educando anda sobre elas, alternando o pé direito e o pé esquerdo. Durante a brincadeira, o professor poderá sugerir outros movimentos. Como alternativa, poder-se utilizar solas de sapatos velhos.
Atividade “Banda Escolar” / Foto Arquivo 2d

Banda escolar

Objetivos: trabalhar a discriminação e percepção auditiva, identificação das ações, localização de sons, orientação espacial, capacidade de atenção e memorização e interação social.
Utilizam-se vários instrumentos musicais (pandeiro, chocalho, triângulo, tambores, flauta etc.). A cada toque de determinado instrumento os alunos brincam com um objeto ou fazem algum movimento. Por exemplo: quando tocar o tambor os alunos brincam com a bola, quando tocar o triângulo fazem movimentos com as mãos.

Amizade do alfabeto

Objetivos: trabalhar a afetividade, socialização, estimular a imaginação, comunicação, expressão e linguagem e desenvolver a coordenação espacial.
Todos sentam, fazendo um círculo. Alguém inicia falando: “Gosto do meu amigo da esquerda com A porque ele é atencioso”. O próximo aluno deverá seguir a sequência, dizendo: “Gosto do meu amigo da esquerda com B porque ele é bondoso”. E assim por diante.

Brincadeira do espião

Objetivos: desenvolver a atenção, observação e detalhamento, estimular a afetividade, socialização e criatividade e expressão corporal e imagem corporal.
Dividir o grupo em duplas. Cada integrante da dupla observará bem a outra pessoa e vice-versa. Os dois viram de costas, e cada um fará uma mudança no visual. Os dois se voltam um de frente para o outro e tentam descobrir o que mudou. Pode-se alternar a brincadeira, fazendo mudanças no ambiente ou na própria disposição dos alunos.

Somando as diferenças

Objetivos: discriminação visual e percepção, desenvolver a linguagem, comunicação, classificação e generalização e trabalhar valores da diversidade para inclusão escolar.
Reunir diversos objetos que sejam opostos. Por exemplo: um bloco pequeno e um grande, um copo alto e outro baixo. Pedir aos participantes para formarem pares com os objetos opostos e depois descreverem os atributos que tornam os objetos opostos, enfatizando as qualidades em suas diferenças.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Hiperlexia

PSICOLOGIA

Hiperlexia é Hiperlexia é uma síndrome, muitas vezes caracterizada como elemento do autismo, que envolve a capacidade de leitura precoce e a obsessão por números e letras.
Hiperlexia – a síndrome da leitura precoce
Hiperlexia – a síndrome da leitura precoce
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O que é?
A hiperlexia pode ser entendida como uma síndrome, que compreende sintomas como uma alta capacidade de leitura e uma espécie de obsessão por letras e números, porém acompanhada de uma espécie de retardo em outras áreas do desenvolvimento. Essa síndrome pode ser entendida a partir de três características principais: capacidade precoce de leituradificuldade em lidar com a linguagem oral e uma inadaptação social dos comportamentos.
Por muito tempo as crianças hiperléxicas foram diagnosticadas a partir de referenciais do autismo, uma vez que existem poucos estudos e mecanismos para o diagnóstico.
Como diagnosticar?
Algumas características podem encaminhar o diagnóstico de hiperlexia, entre elas, deve-se atentar prioritariamente para a precocidade da interação da criança com letras e números. A partir dos 18 meses, crianças hiperléxicas já começam a demonstrar uma capacidade diferenciada para identificação de letras e números, e aproximadamente a partir dos 3 anos essas crianças são capazes de reconhecer o agrupamento de letras e formar palavras, mesmo que estas não façam sentido no contexto. Assim, é provável que essa criança seja capaz de ler frases inteiras, mesmo não dominando a linguagem oral como as outras crianças de sua idade. Devemos lembrar que nem todas as crianças com hiperlexia apresentam o mesmo desenvolvimento de suas condições. Outra particularidade das crianças hiperléxicas, para a qual se deve atentar no período diagnóstico, é o apego que essas têm à rotina. Uma criança hiperlexica dificilmente aceita mudanças em seus horários e atividades, procura encontrar padrões em todas as situações.
A criança hiperléxica
A hiperlexia não é consequência de nenhum método de ensino, ou seja, a capacidade de ler da forma como se dá nesses casos não é algo ensinado, não há instruções para que a criança aja de tal forma. Essa criança simplesmente aprende a decodificar as palavras, a partir da identificação das letras e de seus agrupamentos.
O fato de uma criança hiperléxica ter dificuldades em seus relacionamentos sociais não significa que estes não devam ser encorajados. Existem inúmeros benefícios ligados à experiência dessas crianças na relação com crianças de desenvolvimento normal, entre eles destaca-se a estimulação oral. Para a criança hiperléxica, a criança normal é alguém que fala muito, mas essa interação permite que aquela reconheça os aspectos funcionais da comunicação oral.
Na escola
Algumas posições pedagógicas defendem a criação de salas especiais para hiperléxicos, uma vez que a presença de uma criança hiperléxica no grupo de alunos implica algumas alterações na rotina de professores, coordenação e alunos, por exemplo, ajustes no currículo e flexibilização do programa de ensino. Todavia, é importante tanto para crianças normais quanto para a criança hiperléxica que sejam expostas a relação com outras crianças em diferentes condições, para que possam reconhecer diferentes formas de se comunicar. Do outro lado, professores devem estar preparados para usar, de maneira criativa, a habilidade de lidar com as palavras e números, de forma que se torne realmente uma experiência valiosa para todos.
Onde encontrar mais informações?
Existem poucas publicações sobre hiperlexia no Brasil. Há alguns anos a autora Susan Martins Miller publicou, pela editora Nova Alvorada de Belo Horizonte, o livro “Lendo muito cedo”, que explica com bastante clareza as condições e implicações da hiperlexia na vida de crianças e adultos, além disso, algumas associações de pais de crianças autistas tem trabalhado para divulgar as particularidades da síndrome em seus sites, o que gera um conteúdo bastante rico em detalhes da experiência de viver com alguém hiperléxico.

Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista
Curso de psicoterapia breve pela FUNDEB - Fundação para o Desenvolvimento de Bauru
Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP - Universidade de São Paulo

Fonte:
http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/hiperlexia.htm
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
FERRARI, Juliana Spinelli. "Hiperlexia"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/hiperlexia.htm>. Acesso em 24 de novembro de 2017.