segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A literatura infantil adaptada na educação inclusiva: 
alternativas de inclusão para o aluno autista numa perspectiva sociocomunitária

Bianca Scalon Peres de Paula*1

Introdução

Quando se considera uma prática inclusiva na Educação Especial, há que se pensar nas
especificidades de cada aluno, para que esse não esteja apenas inserido no ambiente físico da
escola, mas que faça realmente parte desse contexto e das interações necessárias para que uma
educação de qualidade se efetive. Levar em conta as especificidades dos alunos requer uma
prática apoiada na reflexão sobre os processos de ensino-aprendizagem, a sensibilidade à
diversidade de modos de ser, e à criação de estratégias didático-pedagógicas que se mostrem
capazes de bem sucedidamente fazer com que o fundo de conhecimentos socioculturalmente
construídos por uma coletividade seja compartilhado pelos alunos, incluindo aqueles com
deficiências. que mesmo que essa prática não nos conduza diretamente a uma escola
inclusiva, nos auxilia a vê-la mais próxima.
Quando se parte do princípio de que cada aluno é único e, dessa forma, constrói sua
própria aprendizagem de uma maneira também única, percebe-se que não é possível utilizar
somente um caminho no processo de ensino-aprendizagem. Pensando na potencialidade de
cada aluno, nas áreas nas quais ele se destaca e, também, nas quais é necessária a intervenção
pedagógica adequada para que uma nova potencialidade se revele, é preciso que adaptações
sejam feitas, tanto nos materiais utilizados, quanto na organização do processo de ensino.
Segundo Sassaki (2005), quando aplicados corretamente os princípio da educação
inclusiva, ampliam-se as formas de aprendizagem de todos os alunos, uma vez que novas
metodologias e intervenções diferenciadas e individualizadas, com todos os alunos, se fazem
necessárias.


*Pedagoga especializada em Educação Especial, mestranda em Educação, pesquisadora vinculada ao CAIPE Conhecimento e análise das intervenções na práxis educativa sociocomunitária .
E-mail: bsaperes@gmail.com

Para ler mais:
http://www.revista.unisal.br/ojs/index.php/educacao/article/view/326/284

domingo, 16 de agosto de 2015

SINTOMAS PRECOCES - CLÍNICA CRIANSER


Autismo: como reconhecer os sintomas precoces?


O que é o autismo?
O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação com outras pessoas, na linguagem e apresenta comportamentos restritos e repetitivos.
Como é o comportamento do bebê ou da criança autista?
Abaixo estão exemplos do que pode acontecer ou não com um bebê ou uma criança autista. O diagnóstico só poderá ser determinado por um especialista.


• A criança não se reconhece pelo nome. Os pais a chamam e ela não responde. Como ela é capaz de identificar outros sons, não se trata de um problema de surdez.
• A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço ao colo dos pais.
• A criança não fala, não olha e mostra certa apatia. Têm uma fisionomia pouco expressiva e não interage com outras crianças.
• Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta.
• Quando a mãe sai para trabalhar ou volta do trabalho, a criança não mostra interesse por ela.
• Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade.
• Durante a amamentação, a criança com autismo não interage com a mãe.
• Os autistas muitas vezes separam os objetos por cor, tamanho, etc. mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente.
• A criança fica horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto. No início pode parecer apenas ser uma criança tranquila, mas isso pode ser um dos sinais da doença. Um dos movimentos mais comuns é ficar rodando um objeto.
• A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta.
• A criança utiliza as pessoas como instrumento. Pega na mão do adulto e o leva até o lugar onde quer que ele faça algo que ela deseja, ao invés de pedir o que quer na forma de uma solicitação verbal.
Ainda não existe um exame complementar, laboratorial ou de imagens para diagnosticar o autismo infantil. Ele ainda é identificado através de exames clínicos.
Por que é importante saber reconhecer os sinais e sintomas precoces do autismo?
É fundamental que pessoas que trabalham e convivem com crianças saibam identificar sinais ou sintomas típicos de autismo em bebês ou crianças pequenas. Cerca de 60% das crianças com autismo apresentam sinais da doença ao nascer.
Uma vez identificado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por um especialista (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil) para que o diagnóstico seja feito e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos.
O diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares.
Fonte: http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/172307/autismo+como+reconhecer+os+sintomas+precoces.htm

MUNDO SENSORIAL

CORA  - (CENTRO DE OTIMIZAÇÃO PARA A REABILITAÇÃO DO AUTISTA)

VIVENDO COM AUTISMO 

(O MUNDO SENSORIAL )

O mundo sensorial do espectro do autismo.
Apesar de ser universalmente reconhecida como uma característica do autismo, sensorial ou com excesso de sensibilidade, é frequentemente ignorado. O guia a seguir fornece uma compreensão básica das dificuldades sensoriais que as pessoas com autismo ou Síndrome de Asperger pode ter, e as estratégias que podem ajudar.

Para funcionar e participar do mundo que nos rodeia, precisamos usar os nossos sentidos. Os sentidos fornecem aos indivíduos experiências únicas e nos permitem interagir e se envolver com o resto da sociedade. Eles nos ajudam a compreender o ambiente que nos rodeia e responder dentro dele. Eles desempenham um papel significativo em determinar quais as ações que levamos em uma situação particular. Imagine o que acontece quando um, ou todos os seus sentidos são intensificados ou não estão presentes em tudo, muitas vezes referida como disfunção de integração sensorial. Este é o caso de muitos indivíduos do espectro do autismo. 
Existem várias definições de autismo, mas eles raramente falam de como uma pessoa com autismo se sente. É somente através de histórias pessoais dos próprios indivíduos, que podemos expressar e descrever o que se passa em seu mundo sensorial doloroso. Funções diárias, que a maioria das pessoas tomam para concedido, pode, podem para pessoas com autismo ser negativo e experiências perturbadoras. Comportamentos apresentados por alguém com autismo, muitas vezes, ser uma reação direta à sua experiência sensorial. Por conseguinte, é compreensível porque eles criam rituais, ou têm comportamentos auto-estimulatórios como spinning, batendo e batendo, porque isso os faz sentir que estão no controle e se sentem seguros em seu mundo original.
Integração sensorial 

Para ler mais:

domingo, 2 de agosto de 2015

TERAPIA DA FALA e Desenvolvimento Infantil

 

Ana Marques  - Mestre em Terapia da Fala pela UCP

PEL - Défices Semântico-Pragmáticos

Este artigo visa uma revisão sobre a teoria e investigação no âmbito das perturbações específicas de linguagem (PEL), mais propriamente nos défices semântico-pragmáticos.

3 - Autismo e o défice semântico-pragmático
Dorothy Bishop percebeu que deveria haver alguma ligação entre os défices semântico-pragmáticos e os das perturbações do espectro do autismo (PEA) e do síndrome de Asperger (Bishop, 1989 citado por Shields, 1991).
Nos últimos anos, tem-se debatido sobre se o défice semântico-pragmático é ou não, na verdade, um diagnóstico adequado, ou simplesmente um termo descritivo para os problemas da comunicação e da relação, dificuldades encontradas em pessoas com autismo (Shields, 1998). Os resultados da investigação indicam que o défice não pertence ao espectro autista e tem subjacente a mesma tríade (relações sociais, comunicação e imaginação) do autismo (Shields, 1998).
As crianças autistas, tais como as com défice semântico-pragmático, apresentam um atraso no desenvolvimento da linguagem e um uso anormal da mesma, apresentando défices nas áreas da prosódia, no uso da linguagem para a socialização e na habilidade de ler as expressões emocionais (comportamentos não verbais da comunicação / relação).
Bishop & leonard verificaram que as dificuldades pragmáticas, não são apenas secundárias a problemas estruturais da linguagem nestas crianças, no entanto, também não são critério para um diagnóstico de autismo. Uma solução dada para as classificar foi denomina-las como défice semântico-pragmático, como uma entidade de diagnóstico, distinta tanto da PEL como de uma PEA.

http://terapiadafalaedesenvolvimento.blogspot.com.br/2011/10/pel-defices-semantico-pragmaticos.html