domingo, 29 de maio de 2016

19 frases inspiradoras

sobre o autismo retiradas das redes sociais

Estima-se que dois milhões de pessoas apresentam algum Transtorno do Espectro do Autismo, só no Brasil. Apesar de não haver algum remédio que cure, o tratamento eficiente inclui respeito, informação, tolerância e apoio.
Inspire-se com essas dezenove frases sobre o tema!

1 “Autismo é um espectro. Não existem dois autistas iguais.” Asperger e Autismo no Brasil

2 “Ensina-me de várias maneiras, pois assim sou capaz de aprender.” Cíntia Leão Silva

3 “O autismo não se cura, se compreende.” Autismo Ávila

4 “As crianças especiais, assim como as aves, são diferentes em seus vôos. Todas, no entanto, são iguais em seu direito de voar.” Jesica Del Carmen Perez

5 “O autismo é parte deste mundo, não um mundo a parte.” Educando en la vida

6 “Autismo: apenas uma palavra. Não uma senteça.” Zazzle

7 “Lembre-se: pessoas com autismo têm sentimentos também. Seja sensível e tolerante.” Single Mothers Who Have Children With Autism

8 “Pessoas com autismo não mentem, não julgam, não fazem jogos mentais. Talvez possamos aprender alguma coisa com elas.” Cafe Press

9 “Não queremos mudar a forma com que nossos filhos veem o mundo. Queremos mudar a forma como o mundo vê nossos filhos.” Sou Mãe de Autista

10 “O conhecimento é poder. Utilize parte do seu tempo para educar alguém sobre o autismo. Não necessitamos de defensores. Necessitamos de educadores.” Asperger Women Association

11 “Os médicos determinaram um tratamento efetivo para pessoas com autismo. Chama-se respeito!” Some ecards

12 “Do lado de fora, olhando para dentro, você nunca poderá entendê-lo. Do lado de dentro, olhando para fora, você jamais conseguirá explicá-lo. Isso é autismo.” Autism Topics

13 “O autismo não é o inimigo. O inimigo é o preconceito.” MeuCérebro

14 “Diferente é o mundo que queremos!” Instituto Autismo e Vida

15 “A vida é como um quebra-cabeças. Deveríamos parar de tentar encaixar as pessoas onde elas não cabem.” Autor Desconhecido

16 “O especialista me disse: tens autismo. Minha mãe me deu as mãos, olhou nos meus olhos e disse: você é perfeito!” Imágenes de Feliz Día

17 “Quanto mais longe uma criança com autismo caminha sem ajuda, mais difícil se torna alcançá-la.” Talk About Autism

18 “Ser pai ou mãe de uma pessoa com autismo nem sempre é fácil, mas eu não trocaria meu filho por isso.” Toma conciencia sobre el Autismo e Síndrome de Asperger

19 “Uma mãe de verdade entende o que o filho não disse.” Autismo Diário

Fonte: http://meucerebro.com/19-frases-inspiradoras-sobre-o-autismo-retiradas-das-redes-sociais/

sábado, 28 de maio de 2016

Instituto Autismo e Vida - Materiais para Download

Guias, Cartilhas e Manuais

Novos Comentários à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Secretaria de Direitos Humanos)

Dicas de Convivência com Pessoas com Deficiência (Porto Alegre)

Guia de Direitos e Serviços para a Pessoa com Deficiência (Porto Alegre)

Manuais para download gratuito da ONG Autismo & Realidade (São Paulo)

Manual para a Escola do blog Mundo da Mi (Fausta Cristina, sócio-fundadora do Autismo & Vida)

Cartilha de Direitos das Pessoas com Autismo (São Paulo)

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (clique AQUI para ver a Convenção comentada)

Cartilha dos direitos da pessoa com deficiência (Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência)

Manual de Legislação em Saúde da Pessoa com Deficiência (Ministério da Saúde)

A Pessoa com Deficiência e o Sistema Único de Saúde (Ministério da Saúde)

Legislação Federal da Saúde - Pessoa com Deficiência (Ministério da Saúde)

Manual dos Direitos Fundamentais da Pessoa com Deficiência 

Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) (Ministério da Saúde)

A Consolidação da Inclusão Escolar no Brasil - de 2003 a 2016 (Diretoria de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação – DPEE/SECADI/MEC)

Fonte:
http://www.autismoevida.org.br/p/guias-cartilhas-e-manuais.html

Alfabetização x Autismo



Alfabetização e Autismo

Por Fausta Cristina de Pádua Reis, pedagoga, psicopedagoga, sócia fundadora do Instituto Autismo & Vida e mãe de uma menina com autismo:


É muito comum recebermos aqui no site do Instituto Autismo & Vida, pedidos de ajuda e orientação de pais e profissionais que lidam com questões inerentes à problemática do Autismo. Ficamos felizes pela confiança das pessoas que reconhecem o nosso esforço em compartilhar informação de qualidade acerca da síndrome e à medida do possível vamos respondendo a todos. 


Hoje, queremos compartilhar de uma dúvida que sempre aparece por aqui: a alfabetização da pessoa com Autismo. Eu gostaria de escrever longamente sobre esse tema: Alfabetização x Autismo, fica aqui uma promessa de trazer para o site uma pesquisa bibliográfica sobre o tema. Neste momento, porém, penso que posso contribuir um pouquinho sem muito aprofundamento, mas pelo menos não deixamos de responder e mostrar o quanto nós pais somos gratos a vocês professores que buscam respostas, que acolhem o desafio de receber e ensinar a uma criança com Autismo.

Bom, a alfabetização está longe de ser um processo simples. Para quem já alfabetiza há muito tempo, pode até parecer que seguindo determinados passos do método X ou Y teremos a garantia de sucesso, mas, na verdade, este complicado processo requer muito mais que estratégias especificas; todos sabemos que ele começa a acontecer lá dentro da cabecinha do aluno desde que ele é um bebê, é um conhecimento tão intrincado, envolve tantas coisas, mas a gente acaba simplificando e acreditando mesmo que é entre os seis e os oito anos que a criança aprende a ler.


A gente sabe que até chegar ao ponto de ler a criança já incorporou um mundo de significados, já tem nome pra tudo, seu repertório de palavras é incrível e ela tem respostas e conceitos que adquiriu e elaborou vivendo intensamente os primeiros anos de vida, olhando, mexendo, planejando seus movimentos e principalmente brincando.

Bem cedo a criança já simboliza. Sim, palavras dão nome a coisas que estão lá na nossa cabeça, lá no mundo imaginário. Quando o bebê é capaz de pensar a imagem da mãe que está distante já começou a simbolizar, aquela imagem mental representa um ser que está distante, que está fora do seu campo de visão. Ao chorar, exigindo a presença física da mãe, começa a desenvolver linguagem.

Palavras representam objetos, isso é símbolo e antes de simbolizar foi preciso observar, direcionar o interesse, vivenciar, guardar na memória, agrupar categorias, depois selecionar pra expressar de forma adequada o que se pensa... De forma que uma criança brasileira de seis anos sabe muito bem o que é uma bala e vai lidar bem com o que lhe diz respeito, mas não sabe nada sobre esqui. A possibilidade dela se dar bem aprendendo sobre a grafia e a decodificação do conjunto de símbolos que expressam BALA é muito maior do que aprender a palavra ESQUI.


Além de aprender sobre o mundo, há muitas outras competências que são desenvolvidas. Para ler a criança tem que ter ritmo, saber que uma palavra se compõe de letras transformadas em som e que um som vem antes do outro. Tem que saber sequenciar e dominar outros tantos conhecimentos, é o que chamamos de pré-requisitos da leitura. Para escrever é preciso desenvolvimento motor, tônus muscular adequado, coordenação e para ambos é necessário saber imitar e se apropriar de forma adequada daquilo que se imita, mas é preciso também ter consciência corporal, definir lateralidade, entre outros.

Não estou tentando "ensinar vigário a rezar a missa", mas antes de falar sobre as dificuldades e peculiaridades da aprendizagem da pessoa com Autismo precisamos deixar claro as lacunas ocorridas no desenvolvimento deste indivíduo.

É comum que as crianças com Autismo em graus diferentes, tenham comprometimentos em todas as competências que antecedem à aprendizagem da leitura e da escrita.

A pessoa com Autismo tem uma forma muito peculiar de ver o mundo, olham de forma diferente para objetos e pessoas, perdem com isso a absorção de mensagens que desenvolvem conceitos sociais e por isso tem dificuldade de interagir. Não sabem o que fazer, como ou porque devem se portar de tal maneira. Boas maneiras não significam nada, são códigos sem sentido que não são fortes o suficiente para segurar o sua ação impulsiva.


Não conseguem muito bem planejar, ou seja, existe um déficit na função cognitiva superior conhecida como Função Executiva e por isso eles têm dificuldades em planejar. Lembrem que para ler eu preciso ser capaz de seguir passos. Usar as letras certas que representam um som (ou mais de um) em uma ordem determinada com um ritmo correto.

Tem dificuldade de comunicação e junto a isso um déficit no desenvolvimento da linguagem - mesmo quando a fala está presente o uso adequado da linguagem para estabelecer um canal competente de comunicação é falho - e também tem um comportamento muitas vezes que privilegia a repetição e a rotina, os movimentos previsíveis (as mudanças não são o seu forte) e tudo isso afeta diretamente a aprendizagem acadêmica tão abstrata e muitas vezes incoerente.

Se a gente estuda sobre os déficits do desenvolvimento infantil no Autismo fica mais fácil entender o porquê das dificuldades.

O que uma criança típica aprende e desenvolve naturalmente, a criança com Autismo precisa ser orientada com persistência para fazer. Por isso é preciso pensar em desenvolver tudo o que está imaturo, portanto uma avaliação seria perfeita, mesmo se for feita por um professor baseado na sua experiência alfabetizadora.

Primeiramente, precisamos trabalhar muito mais seleção, classificação, consciência corporal, orientação espacial, coordenação viso-motora, ordenação temporal, sequência lógica. Tudo de forma adequada àquele sujeito. Geralmente as técnicas comportamentais dão muito resultado. Isso significa estruturar o que será ensinado com uma rotina visual, elogiando muito os acertos, ignorando os comportamentos inadequados. Aqui, vale lembrar que ignorar o comportamento não significa ignorar a criança e que é preciso separar o comportamento da criança: “você é legal, mas este comportamento não é legal”. 


É fundamental fazer valer todas as possibilidades de contato e isso acontece mais quando usamos o universo de interesses da criança. Quando se sentem respeitados, as crianças com Autismo sempre respondem positivamente.


Temple Grandin, autista, escritora, PhD, profissional mundialmente respeitada, nos conta que é uma pensadora visual e que pensa por meio de imagens. Segunda ela, a generalização de conceitos é um problema que enfrentou, pois algumas aprendizagens que são descoladas do seu dia-a-dia e não parecem fazer sentido e por isto não são incorporadas facilmente. Por isso, estabelecer relações com o universo de interesses é uma garantia de sucesso.

Quanto mais visual pudermos direcionar as estratégias de ensino mais certo será a compreensão. Parece difícil, mas é preciso, sobretudo, estabelecer metas, eleger estratégias e acreditar que eles podem, do jeito deles eles são capazes de aprender qualquer coisa.

Particularmente, tentei três métodos de alfabetização com minha filha e só agora ela começa a demonstrar o que para ela parece fazer mais sentido: o método fônico. Desta forma, não existe o método que seja mais eficaz ou mais indicado para quem tem Autismo.

Assim, como muitas crianças com desenvolvimento típico, a pessoa com Autismo vai se adequar melhor a um ou a outro de acordo com seu perfil. Leitura global, método silábico, abordagem Montessoriana, método fônico... Com a valiosa ajuda da informática ou por meio de blocos de madeira ou mesmo com um alfabeto móvel. Uma mistura de abordagens ou aquela que você mesmo acabou desenvolvendo. A verdade é que sua crença na capacidade de aprendizagem desta pessoa é que vai verdadeiramente valer como elemento de sucesso e te garanto: a sua satisfação fará valer a pena este desafio!


Fonte:

Coordenação Visomotora

Preensão do lápis,Coordenação visomotora e espacial,lateralidade e direcionalidade para Escrita

Por 


Para que a criança adquira os mecanismos da escrita, além da necessidade de saber orientar-se no espaço(motricidade ampla), deve ter consciência de seus membro(esquema corporal e imagem corporal), da mobilização dos membros,independentemente, o braço em relação ao ombro, a mão em relação ao braço e ter a capacidade de individualizar os dedos (motricidade fina) para pegar o lápis ou a caneta e riscar, traçar,escrever, desenhar o que quiser.

Existem exercícios para minimizar essas dificuldades ou se necessário uma avaliação com profissional especializado Terapia Ocupacional.

O professor precisa iniciar com aqueles que visam exercitar os grandes músculos e,posteriormente, trabalhar com os pequenos músculos, seja na educação infantil,seja no ensino fundamental.

Preensão do lápis 
Dificuldades de preensão do lápis tornou mais evidente nos anos primários com o aumento da demanda da escrita, no entanto,algumas crianças podem desenvolver mais cedo pré-escola e outras podem apresentar um certa dificuldade motricidade fina.As crianças geralmente começam a se desenvolver aderência em torno da idade de dois anos.

ESCALA DE PREENSÃO DE LÁPIS E GIZ DE CERA EM ORDEM DESENVOLVIMENTO

1-PREENSÃO PRIMITIVA

Preensão Palmar supinada(o traçado é feito com movimentação de braço)em torno uma ano a uma ano e meio

Preensão com os dedos extendidos pronada(traçado é feito com movimentação de braço)o braço não fica apoiado na mesa.em torno uma ano e meio a dois anos

2-PREENSÃO DE TRANSIÇÃO

Preensão quatro dedos(movimentos de punho e dedos)e o antebraço apoia na mesa.em torno dois anos a três anos

3-PREENSÃO MADURA

Preensão tripé dinâmica(movimentos localizados 3 dedos(dedo médio,polegar e indicador)O antebraço fica apoiado na mesa.em torno três a quatro anos.

Alguns problemas podem ser observados pelos os professores ou profissionais da área da Terapia Ocupacional.
Lembre-se, preensão do lápis é um elemento importante para escrita.

Dificuldades de escrita pode causar baixa auto-estima,baixa motivação para o trabalho de classe e de casa, e frustração.Os problemas de escrita incluem:

-Lentidão de movimentos na realização de tarefas de escrita
-Pouca graduação na força na escrita Ex:quebra a ponta do lápis
-Pobre espaçamento e organização por escrito
-dificuldade no sentido correto da escrita e números
-Dor nos dedos, punho e antebraço
-Postura sentada inadequada para escrita
-rigidez no traçado –o aluno pressiona demasiado o lápis contra o papel;
-relaxamento gráfico –o aluno pressiona debilmente o lápis contra o papel;
-impulsividade e instabilidade no traçado(o aluno demonstra descontrole no gesto gráfico; o traçado é impulsivo com a escrita irregular e instável)
-lentidão no traçado –o aluno demonstra um traçado lento,tornando um grande esforço de aplicação e controle.
-Dificuldades relativas ao espaçamento
(o aluno deixa espaço irregular(pequeno ou grande demais)entre letras,palavras; não respeita margens.
-Dificuldades relativas à uniformidade
(o aluno escreve com letras grandes demais ou pequenas demais ou mistura ambas;mostra desproporção entre maiúsculas e minúsculas e entre as hastes;
-Dificuldades relativas à forma das letras,aos ligamentos e à inclinação –
o aluno apresenta deformação no traçado das letras
.

Quando encaminhar para Terapia Ocupacional?
Nosso trabalho na área da Terapia Ocupacional avalia a criança em relação as dificuldades de tonicidade, movimentos de ombro, braço, punho e dedos ,movimentação pinça fina, habilidade manipulação ,destreza manual ,preensão lápis, uso da tesoura, contole postural, lateralidade, praxia viso-motora e praxia viso-espacial para a formação de uma escrita correta e fluente.

1- Distúrbios na coordenação visomotora
A coordenação visomotora está presente sempre que um movimento dos membros superiores ou inferiores ou de todo o corpo responde a um estímulo visual de forma adequada.

Ao traçar uma linha, por exemplo,a criança, ao mesmo tempo que segue,com os olhos, a ação de riscar, deve terem mira o alvo a atingir. Isso implica sempre ter atenção a algo imediatamente posterior à ação que está realizando no instante presente.

A criança com problemas de coordenação visomotora não consegue, por exemplo, traçar linhas com trajetórias predeterminadas,pois, apesar de todo o esforço,a mão não obedece ao trajeto previamente estabelecido.

Esses problemas repercutem negativamente nas aprendizagens, uma vez que para aprender e fixar a grafia é indispensável que a criança tenha conveniente coordenação olho/mão, da qual depende a destreza manual.Os esforços para focalização visual distraem a sua atenção e ela perde a continuidade do traçado das letras e suas associações.

2-Deficiência na organização espacial e temporal
Quando falamos em organização espacial e temporal nos referimos à orientação e à estrutura do espaço e do tempo:é o conhecimento e o domínio de direita/esquerda, frente/atrás/lado, alto/baixo, antes/depois/durante, ontem/hoje/amanhã, etc., que a criança deve ter desenvolvido para construir seu sistema de escrita. A criança com problemas de orientação e estruturação espacial, normalmente,apresenta dificuldades ao escrever,invertendo letras, combinações silábicas,sob o ponto de vista de localização,o que denota uma insuficiência da análise perceptiva dos diferentes elementos do grafismo. Ela não consegue,também, escrever obedecendo ao sentido correto de execução das letras, nem orientar-se no plano da folha, apresentando má utilização do papel e/ou escrevendo fora da linha. É natural, ainda,que encontre dificuldade na leitura e na compreensão de sentido de um texto, como decorrência da desorganização espacial e temporal.

3-Problemas de lateralidade e direcionalidade
Sabemos que os distúrbios de motricidade manifestam-se, principalmente,por meio dos gestos imprecisos,dos movimentos desordenados, da postura inadequada, da lentidão excessiva,etc. Entre as crianças com dificuldades motoras, muitas podem apresentar problemas relativos à lateralidade e que podem provocar ou ser provocados por perturbações do esquema corporal, pela má organização do espaço em relação ao próprio corpo.As perturbações da lateralidade podem apresentar-se de várias maneiras:

• lateralidade indefinida –caracteriza-se pela não-definição da dominância, em especial, da mão direita ou esquerda. Nesse caso, a criança vive uma permanente incerteza quanto ao uso das mãos, tornando-se, por isso,confusa e pouco eficiente no desempenho das atividades motoras. Uma dominância não claramente definida pode ser, também, causa de certas dificuldades,como, por exemplo, inversão de letras na leitura e/ou na escrita, confusão de letras de grafismos (traçados)parecidos, mas com orientação espacial diferente.O que conhecemos como escrita espelhada também pode ser decorrência da lateralidade indefinida.

• sinistrismo ou canhotismo – é a dominância do uso da mão esquerda.A eficiência da mão esquerda, nas crianças canhotas é inferior à da mãodireita nas destras, tanto pela velocidade quanto pela precisão, em geral. Podemosobservar que essas crianças,bem como as destras, podem apresentar,muitas vezes, problemas de orientação e estruturação espacial que tendem a acentuar-se com a idade, durante um certo período de seu desenvolvimento.Na verdade, um canhoto pode escrever com a mesma destreza e facilidadede um destro. Porém, para chegar aos mesmos resultados, a criança canhota deve percorrer uma série diferente de movimentos e de ajustamentos motores. Sua tendência natural e espontânea,no plano horizontal, é escrever da direita para a esquerda. É, pois,tarefa do professor auxiliá-la e incentivá-la para que ela possa,com a maior brevidade, encontrar seus padrões motores;

• lateralidade cruzada – caracteriza-se pela dominância da mão direita em conexão com o olho esquerdo, por exemplo, ou da mão esquerda com o olho direito. Esse tipo de lateralidade heterogênea – olho/mão – tem sido pesquisado por muitos estudiosos do tema, que, apesar dos esforços, têm chegado a conclusões divergentes.Vários autores levantam a hipótese de que a lateralidade cruzada poderia ser,em certos casos, causa de desequilíbrios motores e outras perturbações,que dificultariam o aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita. Há diferentes pesquisas sobre o assunto e não há conclusões definitivas a respeito.

• sinistrismo ou canhotismo contrariado – a dominância da mão esquerda contraposta ao uso forçado e imposto da mão direita pode comprometer a eficiência motora da criança, na orientação em relação ao próprio corpo e na estruturação espacial. Alguns autores admitem que, em determinados casos, a gagueira, por exemplo,seja conseqüência de sinistrismo contrariado e, no caso, aconselham que a criança volte a usar a mão dominante.


A letra cursiva exige maior esforço mental e físico da criança porque apresenta complexidade de movimentos.De preferência, o professor deve procurar realizar um atendimento individualizado,atento às dificuldades que poderão surgir, incentivando todos os alunos,para que se evitem sérios problemas posteriormente.

Com base nestas informações, o professor poderá fazer um diagnóstico das possíveis dificuldades de seus alunos, fazendo o registro de suas observações e encaminhar para uma avaliação com um profissional da área da Terapia Ocupacional Infantil.

Atividades de Vida Diária

Autismo: Estratégias para aumentar a autonomia nas Atividades de Vida Diária (AVDs)

University-of-the-Fraser-Valley
Dando continuidade ao ensino de novas habilidades para crianças com autismo, vamos falar hoje sobre o treino de uma categoria de comportamentos fundamental para a qualidade de vida da criança autista e de seus familiares: o treino da autonomia nas atividades de vida diária (AVDs). Chamamos de AVDs as atividades rotineiras, ou seja, que são realizadas diariamente com funções de auto-cuidado e higiene pessoal. São elas: lavar as mãos; escovar os dentes; usar o banheiro; alimentar-se; tomar banho; vestir-se; utilização de eletrodomésticos; etc.
As crianças diagnosticadas dentro do espectro do autismo apresentam muita dificuldade na aprendizagem das atividades de vida diária, ficando dependentes de um adulto por mais tempo do que uma criança com desenvolvimento típico. Esta dificuldade se dá devido às deficiências na área da linguagem e das habilidades sociais. Ou seja, uma criança que não aprendeu a habilidade social de imitar não inicia as atividades rotineiras espontaneamente, imitando os adultos, como as crianças com desenvolvimento típico fazem com tanta naturalidade. Da mesma forma, uma criança que não desenvolveu a linguagem receptiva (compreender o que os outros dizem) não segue as instruções verbais dadas pelos adultos na execução das atividades rotineiras.
Na última semana tive a alegre oportunidade de passar alguns dias com as filhas gêmeas de uma amiga. Seguindo o caminho de seu desenvolvimento típico as meninas estão quase completando os 2 anos de idade. A minha prática diária com crianças com atraso no desenvolvimento, para as quais tudo é difícil e tem que ser muito planejado, fez com que cada minuto com estas meninas fosse uma grande surpresa para mim. Enquanto eu me arrumava para um jantar de trabalho, penteando o cabelo ou pintando os olhos na frente do espelho, sempre tinha uma das duas ao meu lado, com sua escova de cabelo fazendo igual. Então, era só eu esquecer o batom sobre a penteadeira para a pequenina pegá-lo e se dirigir ao mesmo espelho onde eu acabara de me maquiar e começar a fazer os mesmos movimentos que ela acabara de assistir atentamente.
Como eu ainda não tenho filhos, minha convivência com crianças se resume a, basicamente, crianças com algum atraso no desenvolvimento. Assim, estes dias com as filhas de minha amiga foram marcantes, pois eu vivi mais de perto a simplicidade, a naturalidade e a fluidez do aprendizado no desenvolvimento típico. Não é preciso esforço algum para uma criança com desenvolvimento típico aprender a escovar os dentes ou pentear seu cabelo, a imitação faz todo este serviço praticamente sozinha. O que a imitação não ensina, as instruções verbais do adulto corrigem rapidamente, e estas instruções não precisam ser pensadas, planejadas e quebradas em partes menores, as instruções podem ser incrivelmente naturais. Afinal, as crianças com desenvolvimento típico desenvolvem todas as habilidades verbais e sociais necessárias para compreenderem o que vêem e o que ouvem e, principalmente, estas crianças desenvolvem um interesse tão grande pelos outros indivíduos que torna altamente reforçador fazer igual a eles, parecer-se com eles, estar perto deles e fazer o que eles pedem.
É pela ausência destas habilidades sociais e verbais e pela ausência desta motivação natural por imitar e seguir a instrução de outras pessoas, que o ensino de atividades de vida diária a crianças com autismo é tão difícil e merece estratégias cuidadosas e planejadas.
As atividades de vida diária, bem como outras atividades complexas (isto é, compostas por mais de uma resposta), consistem em uma cadeia de respostas. Segundo Catânia (1999):
“Quando quebramos uma sequência de comportamentos em seus componentes, podemos começar a tratar a sequência como uma sucessão de operantes diferentes, cada um definido pela consequência reforçadora de produzir uma oportunidade de emitir o próximo, até que a sequência seja terminada por um reforçador. Esse tipo de sequência é denominado uma cadeia de respostas. (…) Qualquer segmento da sequência serve à dupla função de reforçar a última resposta e de produzir as condições que ocasionam a resposta seguinte.” (pg. 142).
Ou seja, uma cadeia de respostas ocorre quando uma variável antecedente inicial (estímulos do ambiente) evoca uma primeira resposta que produz uma consequência reforçadora que, por sua vez, além de fortalecer a resposta que a produziu, também funciona como estímulo antecedente que evoca a segunda resposta. Esta segunda resposta, então, produz uma consequência reforçadora que a fortalece e, também, evoca (como estímulo antecedente discriminativo) a terceira resposta, e assim por diante.
Vamos a um exemplo prático: o comportamento de lavar as mãos consiste em uma cadeia de respostas, já que o estímulo antecedente “mãos sujas” evoca a resposta de ir até o banheiro, o que produz como consequência a visão da torneira. Esta consequência evoca a resposta de abrir a torneira, que produz a consequência “água”, que por sua vez evoca a resposta de molhar as mãos. As mãos molhadas são o estímulo discriminativo para pegar o sabonete. O sabonete nas mãos é o estímulo discriminativo para ensaboar as mãos, o que produz como consequência as mãos com espuma, que é a estimulação antecedente que evoca a resposta de enxaguar as mãos. Com as mãos molhadas temos o estímulo antecedente que deve evocar a resposta de enxugar as mãos. Vejamos este exemplo na tabela abaixo. As consequências de uma resposta são também o estímulo antecedente para a próxima resposta.

Fonte:

Terapia Ocupacional


A aplicabilidade da terapia ocupacional no tratamento do autismo infantil

Thelma Simões Matsukura

Resumo


o presente trabalho discute algumas das possíveis contribuições da terapia ocupacional no tratamento do autismo infantil. Aborda aspectos relacionados ao referencial teórico do autismo infantil e da terapia ocupacional que se utiliza de uma orientação psicodinâmica, para, então, através do relato de um estudo de caso, tecer considerações acerca dos diferentes aspectos envolvidos neste processo de tratamento.
Para 0 estudo de caso são considerados dados de filmagem de vídeo tape de 9 sessões de atendimento clínico em terapia ocupacional, realizadas ao longo de um ano e meio, de uma criança autista previa mente diagnosticada. Através da metodologia de observação direta foram caracterizadas aproximadamente 70 categorias de comportamentos, que foram posteriormente agrupadas tendo como base 0 contato da criança com objetos, consigo própria e com 0 outro (terapeuta). Este procedimento resultou em 14 grupos de categorias referentes aos aspectos não verbais e 8 categorias referentes aos aspectos verbais. Oeste total, uma parcela representativa e apresentada, evidenciando que, de um modo geral, ocorre uma diminuição de comportamentos primários que dão lugar a um aumento de comportamentos mais elaborados apresentados pela criança ao Iongo do tratamento proposto. Procura destacar, então, a importância do instrumento terapêutico especifico da terapia ocupacional - a atividade - e da relação terapêutica como fundamentais no processo de intervenção realizado com a criança autista.

Texto completo:

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Terapia Ocupacional no autismo


qual a finalidade?

Artigo por Colunista Portal - Saúde - 
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Essa técnica é uma importante aliada no tratamento
Essa técnica é uma importante aliada no tratamento
A terapia ocupacional é uma importante técnica que visa intervir no cotidiano das pessoas de 
maneira que as capacidades motoras, cognitivas e perceptivas possam ser estimuladas. 
Essa técnica é uma importante aliada no tratamento de pessoas com autismo em especial 
pela sua capacidade de recondicionamento social e desenvolvimento da autonomia pessoal.

O desenvolvimento de um programa que esteja de acordo com as limitações impostas por um
 quadro de autismo é fundamental para que os resultados sejam alcançados e o indivíduo fique
 cada vez mais próximo da sua autonomia pessoal. Em geral esses programas utilizam três 
abordagens distintas:

Motora – esse programa visa o desenvolvimento das atividades motoras do indivíduo, as 
pessoas autistas em geral possuem dificuldades de perceber o corpo como uma extensão 
do pensamento. Essa fragmentação ante as funcionalidades do corpo pode ser trabalhada
 através de inúmeras atividades lúdicas que estimulem essa integração do corpo com a mente.

Perceptiva – a fragmentação sensorial pode atingir também os cinco sentidos (visão, 
audição, paladar, tato e olfato), criar terapias que estimulem essas percepções sensoriais 
é uma importante maneira de tornar o autista mais proativo nas interações com o ambiente 
que o cerca e as pessoas de modo geral.

Cognitiva – a integração das áreas motora e perceptiva é fundamental para o fortalecimento 
do processo cognitivo, isto é, o processo de aprendizado permanente que auxilie o indivíduo 
a lidar com situações com base nas suas experiências anteriores assim como nós. Vale ressaltar
 que o trabalho com foco na área cognitiva é importante principalmente nos processos de 
interação social, pois em geral o intelecto dos autistas é acima da média.

A terapia ocupacional é uma importante maneira de incentivar o autista a fazer parte da sociedade,
 através dessas terapias é possível desenvolver a capacidade investigativa e a curiosidade em 
assuntos variados. Essa sede de conhecimento invariavelmente acaba por levar a pessoa a 
desenvolver laços sociais que são importantes para a pessoa situar-se dentro do seu círculo 
de convívio. A integração de pais e educadores é fundamental nesse processo, bem como o
 prognóstico precoce de um quadro de autismo.

Fonte:




http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/52189/terapia-ocupacional-no-autismo-qual-a-finalidade#ixzz49xILXv4W

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Autismo e animais de estimação


Autismo e animais de estimação: mais provas de benefícios sociais

Um novo estudo dá ainda mais apoio à ideia de que a interação com um animal de estimação é muito benéfico para uma criança com autismo. No entanto, o autor enfatiza a necessidade de considerar as sensibilidades de cada criança, bem como a dinâmica familiar, ao escolher qual animal adotar.


O estudo, publicado em um periódico de Enfermagem Pediátrica, questionou os pais de crianças com autismo a respeito das interações das crianças com cães. Quase dois terços das famílias tinha um cachorro de estimação. Destes, 94 % disseram que seu filho era fortemente ligado ao animal de estimação. Mesmo nas famílias sem cães, 7 em cada 10 pais disseram que seus filhos interagiam com cães.


Pesquisas anteriores envolvendo crianças com autismo descobriram que aquelas com um animal de estimação de família desde pequenos tendem a ter maiores habilidades sociais. Uma outra pesquisa mostrou como os comportamentos sociais em crianças que apresentam autismo melhoram temporariamente, mesmo após um período curto de brincadeiras com um animal. Diversos projetos comunitários também têm apoiado programas de eqüino-terapia bem sucedidos para crianças com autismo.
“As crianças com autismo podem se beneficiar especialmente com a interação com cães, que podem fornecer amor incondicional e companheirismo sem julgamento”, diz o autor do novo estudo, a Dra. Gretchen Carlisle. A Dra. Carlisle é uma pesquisadora do Centro de Pesquisas em Interação Humano-Animais da Universidade de Missouri, Faculdade de Medicina Veterinária.

A necessidade de uma análise cuidadosa

A Dr. Carlisle enfatiza que os pais devem considerar as sensibilidades de seus filhos com cuidado ao escolher um animal de estimação para garantir uma boa compatibilidade. “Trazer um cão para qualquer família é um grande passo, mas para as famílias de crianças com autismo, receber um cão é uma decisão que deve ser levada muito a sério”, diz ela. Por exemplo, uma criança que é facilmente agitada ou tem sensibilidade a ruídos pode ter grande dificuldade com um cão extremamente ativo ou que tende a latir.
Embora seu estudo tenha abordado a posse de cães,  a Dra. Carlisle enfatizou que outros animais de estimação, com gatos ou pássaros, podem ser mais adequados para certas crianças e famílias, dependendo de diversos fatores.
Fonte: Autism Speaks traduzido e adaptado por Psiconlinews