terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Intervenção: modelo cognitivo-comportamental



Intervenção cognitivo-comportamental

A nível cognitivo-comportamental, as crianças autistas apresentam características que se assemelham às das crianças normais, mas que se apresentam em diferentes níveis de intensidade. Assim sendo, pode-se afirmar que os desvios comportamentais apresentados por estas crianças autistas estão de acordo com as teorias da aprendizagem a que estão sujeitos os demais comportamentos em geral. Ou seja, através de uma modelação correcta do comportamento é possível obter-se uma melhoria do quadro autista. ( Sampaio, A.)
Para intervir a nível cognitivo-comportamental, o terapeuta baseia-se no Modelo Cognitivo-Comportamental que tem como principal objectivo encorajar a mudança comportamental.
Nesta intervenção, o terapeuta deve estar atento não apenas aos défices que a criança apresenta mas, também, aquilo que ela é capaz de fazer com êxito. O terapeuta deve fazer um levantamento de todos os comportamentos que são emitidos pela criança, passando depois a estudar as situações em que ocorrem, assim como possíveis reforçospara manter esses comportamentos. Para isso, deve seguir uma série de passos que se encontram descritos em baixo, tendo em conta que não se deve esquecer que estas técnicas são formuladas para um quadro autista geral, sendo importante adaptá-las a cada caso específico de acordo com a topografia de cada comportamento a ser modificado. (Sampaio, A.)


Para ler mais acesse:
http://umolharsobreoautismo.blogspot.com.br/2009/01/interveno-modelo-cognitivo.html

sábado, 19 de dezembro de 2015

Atividades TEACCH - Jogo das expressões
















Fonte:
http://autismoemgoiania.blogspot.com.br/2011/04/atividades-teacch-jogos-das-expressoes.html


101 atividades para estimulação sensorial

Estimulação auditiva

 
Fazer ruídos
1 através de um balão colocado no corpo ou face da criança.2 Coloque as mãos da criança na boca, garganta, peito, nariz e balbucio,
 
cantar ou emitir sons de vogais e consoantes.3 Use o rolo de papel higiênico papelão como um alto-falante.4 Imite vocalizações da criança.5 Faça sons de animais.6 Faça carinhos em seu filho enquanto canta canções de ninar.7 Uso de instrumentos musicais (começar com o mais suave e progredindo para
 
o mais intenso).8 Cumprimente sempre o filho.9 Coloque a criança uma pulseira sinos no pulso ou tornozelo e incentive-o
 
para se mover.10 Bata palmas e coerção, ter a criança imitar a ação e som.11 luquetes uso que fazem sons quando eles se movem. Tal como um cachorro latindo ao caminhar.12 peekaboo jogo pós-depois.13 ha ga truque simples de mão envolvendo a ação.14 Cante canções simples que são acompanhadas de movimento.15 brincar com brinquedos musicais.16 Digite caixas de música.17 Digite materiais que fazem barulho. Por exemplo dobrar ou apertar papel
          
celofane, papel de embrulho, jornais, etc18 Jogo com alarme.19 chocalhos de Uso.20 Brincar com brinquedos sibilantes.
21 tipos diferentes de música.

22 Click-playing games.23 Ouça os sons de aparelhos.
24 telefones com uma janela aberta.

25 Coloque um sino ou buzina na bicicleta em posição para que a criança pode
          
tocá-lo.

 
Estimulação visual

     
1 Utilize brilhantemente coloridas pinturas nos quartos.
     
2 Use Móvel
     
3 Toque peekaboo pós-depois.
     
4 Jogue com um espelho.
     
5 lanternas de Uso.
     
6 Coloque as luzes de Natal para ver a criança.
     
7 Brincar com luzes brilhantes.
     
8 luz de I-I.
     
9 Pendure papel colorido na frente das janelas.
     
Use placas de alumínio 10.
     
11 Faça bolhas de sabão.
     
12 Ter o seu filho a encontrar objetos em um recipiente com arroz, areia, etc.
     
13 Calçar luvas / luvas cores ou chocalhos nas mãos e movê-los.
     
14 Coloque um biscoito ou uma barra de chocolate ou na frente do filho adolescente que busca-lo.
     
Tape 15 brinquedos favoritos com um cobertor para a criança para levá-los.
     
16 Use a pintura a dedo para a criança a perceber como eles se movem suas mãos e
             
desenhos sobre papel.
     
17 Place brilhantemente objetos coloridos no chão para tirar a criança ou o
            
mover em direção a eles.
     
Brincar com brinquedos 18 luzes.
     
19 Tocar com um brinquedo Firefly.
     
Jogue com o material de 20 pinos.
     
21 Coloque um aquário.

 
Estimulação tátil

     
1 Jogos com água.
     
2 Jogos com o barro.
     
3 Jogos com massa.
     
4 Jogos com o barro.
     
5 Jogos com areia.
     
6 Jogos com macarrão, arroz, cereais, feijão.
     
7 Envolva a criança com tecidos de diferentes texturas.
     
8 Fique na chuva.
     
9 Túmbense sobre a grama fresca.
     
10 Play na neve.
     
11 Reproduzir com folhas de outono.
     
12 Brincar com cubos de gelo.
     
13 Use um secador.
     
14 Use um ventilador.
     
Exponha o seu filho para 15 projetos.
     
16 Coloque a criança em diferentes tipos de solo.
     
17 Reprodução em água morna e sabão.
     
18 jogar na lama.
     
19 pintura a dedo com pudim, purê.
     
Jogar com 20 cremes de barbear de odores diferentes.
     
Jogue com fita adesiva 21.
     
22 Jogo com farinha, açúcar, sal.
     
23 usam roupas pincéis, escovas de unhas, esponja de pó.
     
24 Use areia, plásticos, esponjas, balletas.
     
25 pano, tecidos para cobertores.
     
26 folhas de papelão de rastreamento abaixo.
     
27 colchões de água, colchões infláveis.
     
28 Coloque peso sobre diferentes partes do corpo.
     
29 Jogo com velcro.
     
30 Jogo com lenços de seda, luvas de lã.
     
31 Use loção para o corpo em partes delcuerpo diferente.
     
32 Túmbense ou andar descalço em superfícies diferentes.

 
Estímulo olfativo

     
1 expor as crianças a muitas experiências diferentes obtidos utilizando ethos cotidiano
            
como colónia, desodorizantes, loções, talco, creme dental, spray de cabelo,
            
creme ou loção pós-barba, etc.
     
2 Forneça as experiências da criança através do uso de especiarias e ervas
            
tais como canela, pimenta, chocolate, alho, orégano, limão, etc.
     
3 Expor a criança aos cheiros de várias frutas e legumes, como limão, laranja
            
a, maçã, banana, cebola ervilha, couve-flor, beterraba, pepino, etc.
     
4 Na criança a oportunidade de experimentar sabores diferentes de flores como
            
rosas, peônias, cravos, etc.
     
5 Dar à criança a oportunidade de sentir o cheiro de produtos de limpeza diferentes.
     
6 expor a criança aos cheiros de assados ​​culinários, vinagre, pão fresco,
            
mostarda, bacon, etc.
     
7 Expor criança bairro M cheira a uma padaria, posto de gasolina, o
            
bolos, etc.
     
8 Expor seu filho com o cheiro da queima de folhas e grama recém-fora
            
churrasqueira, corte, pintura, etc.
     
9 adesivos de Uso e odor de papel que emite odor coçar.
     
10 Use marcadores perfumadas.
     
11 Use diferentes recipientes com misturas de flores secas. Use um perfume
            
diferente para cada cômodo da casa.
     
12 Quando uma criança tomar banho, usar gel de banho perfumado.
     
13 Ao lavar o bebê, use sabonetes perfumados.
     
14 Ligue velas perfumadas.
     
15 Associados certos cheiros para cada estação.

 
Estimulação gustativa

     
Expor a criança a um sabores suaves: açúcar, mel, maçã, morango, grão macia,
            
doces, etc.
     
2 Expor a criança a sabores cítricos como limão, grapefruit, creme, cal,
           
iogurtes, picles, etc.
     
3 Expor a criança a sabores azedo: ácido chocolate, chá, café, vinagre, canela,
            
mostarda, etc.
     
4 Expor a criança a salgados: sal, batatas fritas, anchovas, azeitonas, etc.
     
5 Expor a criança a uma variedade de sabores: anis, hortelã, cerveja,
            
nougat, etc.
     
6 Manter a criança perto de você. Enquanto estiver cozinhando, compartilhar ingredientes
            
como você usá-los.
     
7 dar à criança sabores doces diferentes.
     
8 Comprar vários cremes dentais. Experimentá-los com a criança.
     
9 Dar à criança diferentes tipos de refrigerantes.
     
10 Experimento com diferentes variedades de pão.
     
11 Dê a seu filho os diferentes tipos de sucos de frutas e legumes.
     
12 Entre os sabores de especiarias como a pimenta (fazê-lo gradualmente).
     
13 Dê a seu filho a capacidade de fazer goma sabor.

 
Susan Kokko

 
Referências
 
Ayres, J. (1980). Integração Sensorial e da Criança. Ocidentais Serviços psicológicos: Los Angeles, CA.
 
Ayres, J, (1974). A Integrativa Sensorial ouvido Teoria e Prática do Desenvolvimento. Kendall Caça Publicação: Dubuque.
 
Granger, C & Wehman, P. Programação de recreação para pessoas portadores de deficiência mental. Pro Ed, 5341 industrial Oaks Boulevard Austin, TX.78735, pgs. 127.142.
 
Montgomery, Patricia, MA., RPT, Richter, Ellen, OTR. Sensório-motor de integração para crianças deficientes: Um Manual. Ocidentais Serviços psicológicos: Los Angeles, CA.
 
Terapia para a Criança com Paralisia Cerebral: Interagindo. Frameworks; Ambiente Sensorial, Seminários na fala e uage Ion, Vol. 8, n º 1, fevereiro de 1987, pgs. 80-82.

Fonte:

terça-feira, 15 de dezembro de 2015


Avaliando o Autismo 

de Alto Funcionamento

Uma criança utiliza vários meios para aprender: através de brincadeiras, com o contato com os pais, diante 
das interações com os colegas, e com os professores. Se socializa, faz amizades, observa, questiona, 
adquire habilidades motoras e cognitivas.
Para uma criança autista, as coisas não funcionam assim. Há uma relação diferente entre o cérebro e os
 sentidos, e as informações nem sempre se concretizam em ganho de conhecimentos.
Para uma criança sem comprometimentos, o mundo exterior é estimulador para o aprendizado e através de 
suas relações com ele, ela aprende os nomes dos objetos, podendo utilizá-los de forma funcional ou simbólica 
nas brincadeiras. No autismo, sua interação social é prejudicada, os objetos passam a ter funções apenas
 sensoriais, com pouca contribuição cognitiva, simbólica e de nomeação, e aí, surgem os déficits com a 
linguagem.
O autismo compreende a observação de um conjunto de comportamentos agrupados em uma tríade:
 comprometimentos na comunicação, dificuldades de interação social e comportamentos repetitivos e 
estereotipados.
Na avaliação de um paciente com suspeita de Transtorno do Espectro do Autismo, é necessário, em um
 primeiro plano, decidir se há evidências suficientes da existência do transtorno, e após, determinar se
 possivel, sua(s) causa(s) biológica(s) ou sociais.
É importante obter detalhadas histórias sociais, familiares, do desenvolvimento e do passado clínico e avaliar
 o comportamento funcional da criança em um contexto interativo.
A avaliação neuropsicológica é realizada por um neuropsicólogo que é também psicólogo clínico. Ela abrange 
a investigação da memória, do funcionamento executivo, das habilidades cognitivas e comunicativas, dos
 comportamentos disruptivos, estereotipados ou que demandam atenção, da cognição social e da Teoria da 
Mente.
Crianças autistas não apresentam interação social com os pais, quando bebês, costumam não ter sorriso social, 
além de pobre contato visual. Podem mostrar ansiedade extrema diante de mudanças na rotina, em idade escolar
 mostram prejuízos na capacidade de interação e de brincar com seus pares.
Estereotipias, maneirismos e caretas são muito comuns. Distúrbios do sono e alimentares, hipersensibilidade 
aos estímulos sensoriais são típicos em crianças autistas.
A falta de compreensão ou a incapacidade de comunicar-se podem levar à manifestações de agressividade e de 
condutas opositoras.
Déficits na linguagem estão entre os critérios para o diagnóstico de autismo. Vocabulário diferenciado, fala 
ecolálica, comprometimento global da linguagem (recepção, produção fonológica, sintaxe, semântica e 
pragmática) com prejuízos da prosódia da fala.
O perfil típico na avaliação cognitiva é marcado por déficits significativos de raciocínio abstrato, formação de
 conceitos verbais e habilidades de integração e nas tarefas que requerem um certo grau de raciocínio verbal e compreensão social.
Pacientes autistas apresentam uma predileção por rotinas e invariâncias, aspecto que pode estar relacionado a
 possíveis prejuízos das Funções Executivas.
Apresentam também, uma preferência por testes de reconstrução visual das partes para o todo, em detrimento
 de tarefas de raciocínio conceitual e social (Coerência Central).
O que se percebe também na avaliação neuropsicológica do autista, é a sua incapacidade ou a sua limitação 
em deduzir os sentimentos ou o estado mental de seus pares, tornando-o assim, incapaz de interpretar o 
comportamento social do outro, o que o leva a uma falta de reciprocidade social.
Seja qual for a idade da criança, o psicólogo clínico/neuropsicológo precisa conhecer as áreas centrais da 
avaliação:
  • História médica e social
  • Comportamento (observações durante a testagem)
  • Eficiência Intelectual
  • Aprendizagem educacional
  • Funções Executivas
  • Atenção – Memória
  • Linguagem
  • Habilidades sensório-perceptivas
  • Habilidades Motoras-finas e amplas
  • Habilidades visuoconstrutivas e visuoperceptivas
  • Capacidade de meta-representação
  • Habilidades Sociais
A avaliação de crianças em idade pré-escolar (até 5 anos) deve focar mais as capacidades lingüísticas e 
as observações comportamentais, pois há poucos testes padronizados para essa idade. Portanto, para se 
obter resultados quantitativos, ainda que limitados, em alguns poucos testes, serão necessárias criatividade
 e flexibilidade da parte do neuropsicólogo, que, às vezes, precisa usar abordagens de testagem não-ortodóxias.
A avaliação neuropsicológica é longa, e consta de uma sessão de entrevista diagnóstica com os pais, de 
5 a 6 sessões com o paciente e uma sessão devolutiva com os pais. É importante também, durante 
o processo diagnóstico, fazer um contato com a escola e com os profissionais que trabalham com o paciente.
O objetivo da avaliação neuropsicológica do paciente com autismo, é, portanto, identificar os pontos fortes 
e fracos do aprendizado, da cognição e do comportamento, de modo que os adultos (médicos, pais, 
professores e profissionais da área clínica) possam fornecer o apoio acadêmico e comportamental 
adequado às suas necessidades.

Tratamentos do Autismo


Por Autismo E Realidade
Ao longo das últimas duas décadas, com o aumento do número de bebês e crianças diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), houve uma necessidade de intervenções efetivas e apropriadas para crianças e suas famílias. A preferência para instrução deve ser em a) comunicação funcional, espontânea; b) instrução social em diferentes contextos; c) habilidades em jogos, com foco na interação com o outro; d) manutenção de habilidade nova e generalização em contextos naturais; e e) avaliação funcional e apoio a atitude positiva  para abordar problemas comportamentais. Os efeitos da intervenção devem ser avaliados regularmente com intervalos de 3 a 6 meses, focando em: a) habilidades sociais; b) habilidades comunicativas; c) habilidades adaptativas; d) habilidades organizacionais. O Quadro abaixo mostra as características essenciais de intervenções efetivas para crianças com TEA. A falta de progresso significante em qualquer campo, dentro de um período de 3 a 6 meses, deve incitar a modificação da abordagem ou intensidade do tratamento.
Características essenciais de intervenções efetivas para crianças com Transtorno do Espectro Autista.
1) Iniciar os programas de intervenção o mais cedo possível.
2) Tratamento intensivo, 5 dias por semana, por no mínimo 5 horas por dia.
3) Uso de oportunidades de ensino planejado repetidas, que sejam estruturadas durante breves períodos de tempo.
4) Suficiente atenção adulta, individualizada e diária.
5) Inclusão de um componente familiar, incluindo treinamento para os pais.
6) Mecanismos para avaliação contínua, com ajustes correspondentes na programação.
Abordagens de tratamento
Treinamento dos pais
A participação dos pais e dos familiares é considerada um elemento essencial nos programas de intervenção para crianças com autismo.O pressuposto básico do treinamento comportamental dos pais, é que o comportamento das crianças é aprendido e mantido através de contingências dentro do contexto familiar, e que os pais podem ser ensinados a mudar essas contingências para promover e reforçar o comportamento adequado.
Evidências envolvendo crianças apóiam a recomendação de treinamento para os pais como um método efetivo para o aumento de habilidades sociais. No entanto, a maneira com a qual os pais são incorporados no processo de intervenção é importante, assim como a individualização do programa de educação parental para se considerar diferentes circunstâncias e necessidades familiares; nem todos os pais se beneficiam dos programas de educação parental comportamental tradicionais. A educação parental parece funcionar melhor com adultos altamente motivados e com bom funcionamento, que não estejam lidando com estresses de vida ou estresses psicológicos adicionais, o que interfere na aquisição e na implementação de estratégias parentais positivas.
Análise Aplicada do Comportamento
A Análise Aplicada do Comportamento (ABA – Applied behavior analysis) é a ciência da mudança de comportamento na qual procedimentos oriundos dos princípios da aprendizagem operante são aplicados para melhorar o comportamento socialmente adaptável e a aquisição de novas habilidades através de práticas intensas e reforço direcionado. A ABA utiliza um processo que começa com o desenvolvimento de planos de tratamento, mostrando o motivo e a função de excessos e deficiências de comportamento, seleção de técnicas apropriadas, e modificação e avaliação contínuas do tratamento através de coleta de dados sistemática. As avaliações funcionais de comportamento são um conjunto de avaliações de estratégias que fornecem informações sobre as variáveis associadas com um comportamento específico.As técnicas de aprendizado operantes usadas na intervenção da ABA para crianças com TEA são:
  • Reforço positivo: uso de prêmio, lanche, comida, brinquedos para aumentar comportamentos desejáveis;
  • Moldagem: recompensa por aproximações ou componentes de um comportamento desejável, até que esse comportamento almejado seja alcançado;
  • Desvanecimento: redução de instruções para aumentar a independência;
  • Extinção: remoção de reforço, mantendo um problema comportamental;
  • Punição: aplicação de estímulo indesejável para reduzir problemas comportamentais;
  • Reforço diferencial: reforço de uma alternativa socialmente aceitável ou a falta de um comportamento;
Programas de intervenção baseados na ABA são atualmente vistos como tratamentos de primeira linha para o TEA no início da infância. Tanto o modelo UCLA/Lovaas quanto o Early Start Denver Model (ESDM), que são programas amplos na intervenção precoce, criados na estrutura da ABA, possuem relatórios de pesquisas de alta qualidade documentando suas eficácias,especialmente na melhoria do desempenho cognitivo, habilidades lingüísticas, e comportamento adaptativo. No entanto, nos primeiros estudos avaliando os benefícios do ESDM, mesmo depois de dois anos de intervenção intensiva (com mais de 20 horas semanais), todas as crianças no grupo de tratamento ativo ainda atendiam aos critérios do TEA, documentando o desafio da melhora de déficits sociais. A Intervenção Comportamental Intensiva Precoce (EIBI – Early Intensive Behavioral Intervention) é uma estratégia utilizada nos estudos Lovaas  e é o modelo ABA com o suporte empírico mais forte até o momento. A EIBI utiliza abordagens de ensino operantes para reduzir problemas comportamentais e formação de julgamento discreta para desenvolver novas habilidades, como atenção, imitação, recepção/expressão de discurso e competências para a vida. As principais características do EIBI são:
  • Foco no desenvolvimento precoce (crianças com menos de 5 anos de idade);
  • Intensidade (instruções individuais ou em pequenos grupos, de 20 à 40 horas por semana);
  • Métodos direcionados à adultos;
  • Abordagem sistemática (dividindo habilidades em componentes básicos);
  • Caráter abrangente (ex. os objetivos incluem comunicação, socialização, comportamentos adaptativos, comportamentos problemáticos).
Tratamento e Educação para Crianças Autistas e Crianças com Déficit relacionados com  a Comunicação (TEACCH)
O TEACCH é um serviço clínico e programa de treinamento profissional baseado na sala de aula, desenvolvido na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, e iniciado em 1972 por Eric Schopler.Esse programa tem sido amplamente incorporado nos contextos educativos norte americanos, e tem contribuído significativamente para uma base concreta de intervenções do autismo. A abordagem do TEACCH é chamada de estrutura de ensino porque tem como base a evidência e a observação de que indivíduos com autismo compartilham um padrão de comportamentos, como as formas que os indivíduos pensam, comem, se vestem, compreendem seu mundo e se comunicam. Os mecanismos essenciais da estrutura de ensino consistem na organização do ambiente e atividades de maneiras que possam ser compreendidas pelos indivíduos;  no uso dos pontos fortes dos indivíduos em habilidades visuais e interesse em detalhes visuais para suprir habilidades relativamente mais fracas; no uso dos interesses especiais dos indivíduos para engajá-los no aprendizado; e apoio ao uso de iniciativa própria em comunicação significativa.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
Um crescente número de relatórios começaram a fornecer evidências moderadas para a eficácia da abordagem da TCC para crianças em idade escolar e jovens adolescentes com TEA. Melhoras na ansiedade, na auto-ajuda e nas habilidades do dia-a-dia têm sido relatadas, com 78% das crianças de 7 a 11 anos no grupo tratado com a TCC classificadas com uma resposta positiva em um teste.Tais descobertas encorajam a consideração de abordagens da TCC modificadas para abordar a ansiedade em crianças com TEA que tenham alto nível funcional, o que é importante, considerando que de 30 a 40% das crianças com TEA relatam níveis altos de sintomas relacionados à ansiedade.
Tratamento farmacológico para sintomas-alvo
O tratamento farmacológico no TEA é altamente empregado como uma abordagem de tratamento adjuvante na maioria dos indivíduos com TEA ao longo da vida. As melhores metas estabelecidas pela farmacoterapia são para controlar sintomas-alvos associados, como a insônia, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, auto e hetero agressões , falta de atenção, ansiedade, depressão, sintomas obsessivos, raivas, ataques de cólera, comportamentos repetitivos ou rituais. Inúmeros estudos têm relatado um aumento na prevalência de comorbidades psiquiátricas nessa população.Até o momento, não há medicações disponíveis para tratar os déficits sociais e de comunicação centrais do autismo, embora este seja um assunto de intensos esforços na pesquisa, com agentes como arbaclofen, ocitocina, e mGluR5, antagonistas como exemplos de potenciais tratamentos modificadores de desordem sob estudo.
Com base nos relatos dos pais, os comportamentos mais difíceis das crianças com TEA são limite baixo para frustrações, distração, irritabilidade, falta de atenção, hiperatividade, repetição compulsiva, isolamento, instabilidade de humor e movimentos de mãos estereotipados.
A TEA representa uma grande preocupação na saúde pública como sendo um distúrbio do desenvolvimento neurológico prevalente, com risco acentuado para a falha de adaptação em situações sociais, educacionais e psicológicas. Porque a identificação de atrasos e desvios da TEA são possíveis desde os 18-24 meses de idade, pediatras devem se esforçar para identificar e começar a intervenção em crianças com TEA tão cedo quanto os sinais se manifestarem. Escalas e instrumentos específicos devem ser usados para avaliar manifestações clínicas, e guiar a construção e monitoria de programas de tratamento abrangentes. Uma verdadeira recuperação do autismo não foi relatada na história, mas terapias educacionais, psicossociais e linguísticas, frequentemente combinadas com tratamentos adjuvantes, como terapia com drogas para sintomas específicos, estão bem estabelecidas para seus benefícios no TEA. A natureza complexa e persuasiva do TEA requer uma equipe de múltiplos profissionais para um diagnóstico apurado e cuidados clínicos.

(Fonte: Brentani et al. Autism spectrum disorders: an overview on diagnosis and treatment. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2013, vol.35, suppl.1, pp. S62-S72. ISSN 1516-4446).
Fonte:

5 principais sintomas e tratamentos para o autismo



Por 



tratamentos para o autismo
O termo autismo se origina da palavra grega auto significa a própria pessoa, o termo foi adotado Kanner (1943). “Autismo é um distúrbio de desenvolvimento complexo, definindo de um ponto de vista comportamental” MELO-SOUZA (2008). A seguir, veja os 5 principais sintomas e tratamentos para o autismo.
As primeiras manifestações do autismo ocorrem nos primeiros três anos de vida, a primeira infância, quando os neurônios da comunicação e dos relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias.
O diagnostico tardio a atrapalha o tratamento, autismo não tem cura, mas a estimulação precoce é fundamental para o desenvolvimento do cognitivo, afetivo e social do autista. Infelizmente no Brasil o diagnóstico é tardio, na maioria dos casos.

5 Principais Sintomas do Autismo

tratamentos para o autismo 1
“Governado de maneira rígida e consistente pelo forte desejo de solidão e mesmice” Kanner (1942). Existem vários níveis de autismo alguns mais agressivos e outros mais brandos, os sintomas mais comuns:
1 – Sintomas que dificultam a relação social: não gostam de contanto visual, é indiferente a existência ou os sentimentos dos outros, incapacidade de fazer amizade, não consegue ler expressões faciais, corporais e às vezes são um pouco agressivos.
2- Sintomas que afetam a comunicação verbal e não verbal: dificuldade para se comunicar alguns chegam nem a falar, ausência de comunicação verbal e não verbal: expressões faciais, gestos, mímica ou linguagem falada.
3 – Sintomas ligados imaginação e generalização: ausência de atividade imaginativa como: representações de papéis em peças, falta de interesse em histórias repletas de acontecimentos não reais, dificuldade em matérias com álgebra não por não saberem matemática, mas pela dificuldade de generalizar.
4 – Sintomas ligados ao movimento comuns: fazem movimentos corporais como: pancadas com as mãos ou rotação movimentos de torção, batimentos de cabeça, movimentos complexos de todo corpo.
5 – Sintomas ligados a objetos e a mudanças: preocupação excessiva com partes de objetos ou ligação e atração por objetos estranhos. Mudança de ambiente ou rotina para o autista, o causa sofrimento, se atenta a detalhes e se os detalhes forem alterados o causa um sentimento de angustia.

Tratamentos para o Autismo

tratamentos para o autismo 2
Autismo não tem cura, mas se diagnosticado precocemente a criança autista pode ter um bom desenvolvimento cognitivo e social.
– Estimulação: a estimulação precoce é a melhor ferramenta para o autista se desenvolver bem, estimular a fala, a interação social, amenizar sintomas como agressividade, alimentação, pois alguns autistas se restringem a poucos tipos de alimentos, algumas manias destrutivas e aprende a lidar com mudanças.
Existem escolas publicas de estimulação precoce, porém a estimulação precoce é para bebês e complica, pois o diagnostico de autismo no Brasil é tardio.
– Intervenções terapêuticas: Tem diversas intervenções terapêuticas que tratam o autismo, trabalhando com: a linguagem/comunicação, os problemas comportamentais e sociais. Existem alguns medicamentos que amenizam os sintomas do autismo com: Haloperidol, olanzapina, quetiapina e ziprasina.

Onde Tratar o Autismo?

Existe uma associação amigos do autista (AMA): é gratuito o atendimento, atua em todo Brasil e vem ajudando muitas famílias. Trata o autismo com medidas psicoeducacionais, ajuda e orienta a família, desenvolve a linguagem/comunicação.
A equipe da AMA é muito capacitada e conta com: psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos.

Métodos Utilizados pela AMA

A associação amigos do autista (AMA), utiliza métodos com comprovação cientifica. Entenda a seguir um pouco sobre estes métodos.
TEACCHR (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children): é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e o aprendizado.
PECSR (Picture Exchange Communication System): é um método de comunicação alternativa através de troca de figuras, é uma ferramenta valiosa tanto na vida das pessoas com autismo que não desenvolvem a linguagem falada quanto na vida daquelas que apresentam dificuldades ou limitações na fala.
ABA (Applied Behavior Analysis): analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver habilidades.
Há várias técnicas e estratégias de ensino e tratamento comportamentais associados a analise do compormentamento aplicada que tem se mostrado útil no contexto da intervenção incluindo (a) tentativas discretas, (b) análise de tarefas, (d) ensino incidental, (e) análise funcional.
O uso medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais” (AMA).
Fonte:
MELO-SOUZA, Sebastião Eurico de. Tratamento de doenças neurológicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
ASSUMPÇÃO JÚNIOR, Francisco Baptista; KUCZYNSKI, Evelyn. Autismo intanfil: Novas tendência e perspectivas. São Paulo: Atheneu, 2009.
fonte:

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Dicas para conversar com criança autista

Como Conversar com uma Criança Autista


Crianças com autismo são únicas e interpretam o mundo de forma diferente, em comparação 
a outras crianças. Em termos de habilidades sociais e comunicativas, elas mostram diferenças 
altamente visíveis. Crianças com autismo parecem se valer de uma linguagem própria, 
implementando um sistema que funciona para elas. Se seu filho foi diagnosticado com autismo,
 é importante que você aprenda sua linguagem, a fim de se comunicar adequadamente com ele.

Comunicando-se de maneira eficaz com uma criança autista

1. Converse sobre os interesses dela. É muito mais fácil conversar com uma criança autista, 
uma vez que você descubra algum interesse dela. Ela pode acabar se abrindo com você, se
 estiver confortável em falar sobre o assunto em pauta. Saber “falar a língua” da criança é
 essencial para conseguir uma boa comunicação.
  • Caso seu filho goste de carros, você pode usar este assunto para fazê-lo se abrir e
 conversar.

2. Encurte suas sentenças. Uma criança autista conseguirá processar melhor as informações
 em uma conversa, caso você use frases curtas. Perceba que a própria criança se comunica 
através de frases curtas, e você deve imitar isso. Além disso, tente se comunicar por escrito.
  • Você pode escrever, "vamos comer agora". A criança poderá responder por escrito ou 
verbalmente, que é maneira mais eficaz, por causa do contato visual.
  • A comunicação através da escrita pode ser uma ótima ferramenta.

3. Desenhe. Estímulos visuais podem ser altamente benéficos para crianças com autismo. 
Tente desenhar diagramas, instruções ou imagens simples, a fim de ajudar a comunicar suas
 ideias. Estímulos visuais podem ajudar a criança a compreender de maneira mais clara o que
 você está tentando expressar verbalmente; muitas crianças autistas respondem de maneira 
mais efetiva a comunicação visual.
  • Tente usar recursos visuais para criar um cronograma para seu filho
  • Desenhe as atividades diárias da criança; o café da manhã, a ida para a escola, a 
volta para casa, a criança jogando, dormindo, etc.
  • Isso permite que seu filho verifique suas atividades diárias, adicionando alguma estrutura 
ao dia dele,
  • Você pode usar bonecos de palitinho para explicar as atividades, mas certifique-se de 
adicionar um traço marcante a cada personagem
  • Por exemplo, se você for ruiva, pinte o cabelo de sua personagem de vermelho, para a 
criança conseguir associá-la a você.

4. Permita que a criança tenha mais tempo para processar informações. Você pode 
precisar usar pausas com mais frequência, ao conversar com ela. Seja paciente, e certifique-se
 de não apressá-la, permitindo que ela leve o tempo necessário para processar e responder.
  • Caso seu filho não responda a uma pergunta, não faça outra logo depois. Isso pode 
deixá-lo ainda mais confuso.
5. Sela linguisticamente consistente. Crianças com autismo podem não conseguir processar
 certas variações de palavras; certifique-se de falar de maneira consistente, a fim de não 
confundir a criança.
  • Consistência é crucial para estas crianças.
  • Por exemplo, durante um jantar, você teria uma dúzia de maneiras diferentes de pedi-lo 
para passar as ervilhas. Ao se comunicar com crianças autistas, é melhor se ater a frases 
coerentes e uniformes.
6. Seja sensível, e não leve o silêncio da criança para o lado pessoal. Seu filho pode 
passar longos períodos sem conversar com você; faça o seu melhor para compreender isso. 
Aborde a criança de maneira sensível e continue tentando, ainda que isso resulte em várias
 interações difíceis. Ser persistente e sensível é a única maneira de incentivá-lo a confiar em 
você.

  • Você nunca poderá saber exatamente o motivo do silêncio do seu filho. O timing 
das conversas pode não estar muito adequado, o ambiente pode não estar favorecendo, 
ou a criança pode estar imaginando algo totalmente fora de contexto.

  • Se outras pessoas tentarem conversar com seu filho, podem pensar que ele é anti-social
 ou que não gosta delas. Raramente isso é verdade. De qualquer forma, certifique-se de as outras
 pessoas estejam cientes da situação do seu filho.

7.Inicie as conversas com uma declaração. Quando você pergunta “como vai você?” a
 alguém, geralmente espera uma resposta simples e rápida. No caso de crianças autistas, 
isso pode ser bem diferente, visto que elas podem se sentir intimidadas ou oprimidas por
 perguntas. É sempre melhor começar com uma declaração, para que ele se sinta incentivado
 a interagir.

  • Elogiar o brinquedo de uma criança pode ser uma ótima maneira de iniciar uma conversa.
  • Basta fazer um comentário e esperar para ver se ela responde
  • Mais uma vez, fale sobre temas interessantes para a criança.

8. Não o exclua. Haverá momentos em que a criança desejará se envolver, e terá dificuldades.
 Esteja consciente da presença dela, e a inclua da melhor maneira possível. Mesmo que não
 haja resposta, é importante se esforçar. Isso pode significar muito para a criança.

9. Converse com seu filho nos momentos certos. Escolha um momento no qual a criança 
esteja mais tranquila, e interaja com ela. Se a criança estiver mais calma, será mais receptiva
 ao que você tem a dizer. Além disso, escolha locais onde não estejam acontecendo muitas
 coisas ao mesmo tempo; estímulos excessivos podem deixar seu filho desconfortável.

10. Fale de maneira literal. Crianças autistas podem se atrapalhar com linguagem figurada.
 Para elas, é difícil compreender expressões idiomáticas, sarcasmo e certos tipos de humor.
 Certifique-se de ser literal e específica, a fim de tornar a compreensão mais fácil.

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