O termo autismo se origina da palavra grega auto significa a própria pessoa, o termo foi adotado Kanner (1943). “Autismo é um distúrbio de desenvolvimento complexo, definindo de um ponto de vista comportamental” MELO-SOUZA (2008). A seguir, veja os 5 principais sintomas e tratamentos para o autismo.
As primeiras manifestações do autismo ocorrem nos primeiros três anos de vida, a primeira infância, quando os neurônios da comunicação e dos relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias.
O diagnostico tardio a atrapalha o tratamento, autismo não tem cura, mas a estimulação precoce é fundamental para o desenvolvimento do cognitivo, afetivo e social do autista. Infelizmente no Brasil o diagnóstico é tardio, na maioria dos casos.
5 Principais Sintomas do Autismo
“Governado de maneira rígida e consistente pelo forte desejo de solidão e mesmice” Kanner (1942). Existem vários níveis de autismo alguns mais agressivos e outros mais brandos, os sintomas mais comuns:
1 – Sintomas que dificultam a relação social: não gostam de contanto visual, é indiferente a existência ou os sentimentos dos outros, incapacidade de fazer amizade, não consegue ler expressões faciais, corporais e às vezes são um pouco agressivos.
2- Sintomas que afetam a comunicação verbal e não verbal: dificuldade para se comunicar alguns chegam nem a falar, ausência de comunicação verbal e não verbal: expressões faciais, gestos, mímica ou linguagem falada.
3 – Sintomas ligados imaginação e generalização: ausência de atividade imaginativa como: representações de papéis em peças, falta de interesse em histórias repletas de acontecimentos não reais, dificuldade em matérias com álgebra não por não saberem matemática, mas pela dificuldade de generalizar.
4 – Sintomas ligados ao movimento comuns: fazem movimentos corporais como: pancadas com as mãos ou rotação movimentos de torção, batimentos de cabeça, movimentos complexos de todo corpo.
5 – Sintomas ligados a objetos e a mudanças: preocupação excessiva com partes de objetos ou ligação e atração por objetos estranhos. Mudança de ambiente ou rotina para o autista, o causa sofrimento, se atenta a detalhes e se os detalhes forem alterados o causa um sentimento de angustia.
Tratamentos para o Autismo
Autismo não tem cura, mas se diagnosticado precocemente a criança autista pode ter um bom desenvolvimento cognitivo e social.
– Estimulação: a estimulação precoce é a melhor ferramenta para o autista se desenvolver bem, estimular a fala, a interação social, amenizar sintomas como agressividade, alimentação, pois alguns autistas se restringem a poucos tipos de alimentos, algumas manias destrutivas e aprende a lidar com mudanças.
Existem escolas publicas de estimulação precoce, porém a estimulação precoce é para bebês e complica, pois o diagnostico de autismo no Brasil é tardio.
– Intervenções terapêuticas: Tem diversas intervenções terapêuticas que tratam o autismo, trabalhando com: a linguagem/comunicação, os problemas comportamentais e sociais. Existem alguns medicamentos que amenizam os sintomas do autismo com: Haloperidol, olanzapina, quetiapina e ziprasina.
Onde Tratar o Autismo?
Existe uma associação amigos do autista (AMA): é gratuito o atendimento, atua em todo Brasil e vem ajudando muitas famílias. Trata o autismo com medidas psicoeducacionais, ajuda e orienta a família, desenvolve a linguagem/comunicação.
A equipe da AMA é muito capacitada e conta com: psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos.
Métodos Utilizados pela AMA
A associação amigos do autista (AMA), utiliza métodos com comprovação cientifica. Entenda a seguir um pouco sobre estes métodos.
TEACCHR (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children): é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e o aprendizado.
PECSR (Picture Exchange Communication System): é um método de comunicação alternativa através de troca de figuras, é uma ferramenta valiosa tanto na vida das pessoas com autismo que não desenvolvem a linguagem falada quanto na vida daquelas que apresentam dificuldades ou limitações na fala.
ABA (Applied Behavior Analysis): analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver habilidades.
Há várias técnicas e estratégias de ensino e tratamento comportamentais associados a analise do compormentamento aplicada que tem se mostrado útil no contexto da intervenção incluindo (a) tentativas discretas, (b) análise de tarefas, (d) ensino incidental, (e) análise funcional.
O uso medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais” (AMA).
Fonte:
MELO-SOUZA, Sebastião Eurico de. Tratamento de doenças neurológicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MELO-SOUZA, Sebastião Eurico de. Tratamento de doenças neurológicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
ASSUMPÇÃO JÚNIOR, Francisco Baptista; KUCZYNSKI, Evelyn. Autismo intanfil: Novas tendência e perspectivas. São Paulo: Atheneu, 2009.
fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário