Os 7 sentidos
(Postagem do Site EstouAutista)
Estimular a parte sensorial de um autista (em casa e com a ajuda de uma terapeuta ocupacional) é muito importante. Trabalhar os sete sentidos é fundamental para ajudar a desenvolver todas as atividades necessárias para casa, escola, trabalho, para ter uma vida independente e autônoma.
Cada quadro mostra as características das pessoas hipersensíveis ou hiposensíveis. O bacana é que também podemos visualizar dicas de como podemos trabalhar cada sentido! Brincar é muito importante! Use tinta, massinha, cola, tesoura, lápis de cor, músicas, etc. Brinque no banho, na cozinha, no quarto… torne cada aprendizado muito divertido!
A importância da Terapia Ocupacional
Oie!!! Voltamos com um tema super importante (qual não é? hahaha). Vamos falar de uma característica associada ao autismo: integração sensorial.
A integração sensorial é o processo pelo qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada, organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. As nossas capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação social; desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e concentração.
O PROCESSAMENTO SENSORIAL inclui a recepção de um estímulo físico (Registo Sensorial), a transformação do estímulo num impulso neurológico (Orientação), e a percepção (Interpretação), ou seja, o consciente experimenta as sensações e em seguida organiza uma resposta adaptativa adequada e executa-a. As funções de processamento sensorial ocorrem continuamente e de uma forma rápida e inconsciente. (Um exemplo deste processo é a reação após tocar numa superfície quente)
Todos temos dificuldade em processar determinados estímulos sensoriais (um certo toque, olfato, paladar, som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais. Só se torna um transtorno do processamento sensorial quando temos uma “experiência perturbadora”, uma enxurrada de estímulos com um impacto significativo sobre a capacidade de filtragem ou funcionamento diário. Esse processo gera uma disfunção neurológica chamada Transtorno do Processamento Sensorial (TPS).
Através desse quadro e do link no começo do post, vocês podem conhecer alguns sinais de TPS. Quando existem distúrbios sensoriais, estes podem afetar o desenvolvimento e as habilidades funcionais, quer sejam no comportamento, na parte motora, cognitiva, quer sejam no nível emocional. Isso pode resultar em sentimentos de baixa auto-estima, levando-os a preferir o isolamento ao invés de interagir com os seus pares. Algumas pessoas apresentam excesso de reatividade o que pode levá-los a serem rotuladas como impertinentes, “fora de controle” ou perturbadoras nas aulas, afetando seu desempenho acadêmico na escola. E, infelizmente, a má compreensão dos pais e educadores em como responder às crianças com esse tipo de desordem, muitas vezes leva a sentimentos de frustração, possível depressão ou comportamento agressivo.
Os pais costumam saber e entender, melhor que ninguém, as crianças e, por isso, são capazes de perceber quando elas estão felizes ou sofrem por qualquer motivo. Mas às vezes é a causa de felicidade ou frustração que não é compreendida, e se nós a entendermos, é mais fácil desenvolver ações que ajudam no desenvolvimento do filho/filha.
Às vezes pedimos para as crianças certos comportamentos ou execuções de algumas tarefas e elas ainda não estão prontas, ou seja, ainda não adquiriram competências necessárias para tal. Por exemplo, com a idade de cinco anos, a criança desenvolve a parte de percepção motora como a coordenação olho-mão, controle de olho-mão, ajuste postural, organização espacial, estruturação espaço-tempo, manter a atenção – processos que são pré-requisitos para o bom desenvolvimento de habilidades motoras finas e suas competências acadêmicas básicas, tais como a escrita. Isto quer dizer que com quatro anos essa criança não está pronta para escrever.
É importante deixar claro que existe uma ordem no desenvolvimento da aprendizagem. Wiliams e Shellenberger (1996) formularam uma pirâmide para ilustrar esse processo.