domingo, 25 de novembro de 2018

Funções Executivas

Funções Executivas
por Estou Autista
Funções executivas (FE) são funções reguladoras do comportamento humano, funções necessárias para formular metas e planejar como alcançá-las. São todas as atividades mentais autodirigidas que ajudam uma pessoa a resistir a distração, solucionar problemas internos e externos e criação de estratégias para alcançar um objetivo.
Vamos dividi-las em duas categorias principais: habilidades de pensamento e auto-regulação.
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Muitos alunos têm problemas com o funcionamento executivo, em especial os com autismo e TDAH.
É importante reconhecer que o funcionamento executivo não está relacionado com a inteligência. Você pode ter um QI de gênio e ter um sério comprometimento para habilidades em FE. Da mesma forma, você poderia ter um QI mais baixo e tem grandes habilidades e ser capaz de funcionar no dia-a-dia de forma mais eficaz. É importante reconhecer que as dificuldades em FE não são preguiça. O aluno não faz sua lição de casa porque ele não consegue. Muitas vezes, esse mesmo aluno, passa horas a cada noite tentando, mas não realiza a tarefa. Déficits de funcionamento executivo são reais e temos que trabalhar para resolvê-los e ensinar o aluno a ser mais capaz de ajudar a si mesmo para ser bem sucedido.
Existem algumas chaves para abordar habilidades de funcionamento executivo que significa ir além de apenas ensinar estratégias individuais. O foco deve ser em ensinar os alunos a desenvolver, utilizando estratégias de acesso e utilização, e não apenas fornecer acomodações.
Então, quando avaliar os déficits de uma pessoa, uma das principais perguntas que precisamos fazer é se é um déficit de motivação ou um déficit de habilidade. Muitas vezes é uma questão de motivação. Isso significa que temos de encontrar formas de motivação do indivíduo para utilizar as estratégias. Acabamos focamos no problema e achamos que ele é difícil e ele não é. Vamos pegar o exemplo de um autista que não quer ir pro banho e isso acontece diariamente. Esse é um problema muito comum entre autistas por uma variedade de razões. Em primeiro lugar, muitos desses indivíduos não reconhecem o impacto que não tomar banho tem sobre uma rotina por causa de seus déficits sociais. Tem também questão sensorial, que torna esse momento complicado. Tudo isso diminui a motivação. Se a criança não sabe como encaixar o banho na sua rotina sem se desregular, então precisamos pensar em formas de motivá-lo para tomar motivadores externos que vão além do normal que é se sentir fresco e limpo (o reforçador para a maioria de nós). Esta criança não é preguiçosa; ela não está motivada para superar problemas reais que tornam o banho difícil e sem sentido para ela.

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