Fga Carla M. Faedda
2011
http://pt.slideshare.net/carlafono/introduo-neurocincia-da-aprendizagem
blog que indica notícias, artigos, livros e filmes sobre autismo, educação e inclusão.
As taxas de estudantes com necessidades especiais estão caindo, mesmo com a alta no número de casos de autismo. (Imagem: Penn State University)Durante os últimos quinze anos, nosso entendimento do Transtorno do Espectro do Autismo evoluiu dramaticamente. Por causa de algumas controversas mudanças recentes, feitas no Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-V), mais crianças do que nunca estão sendo diagnosticadas como autistas porque o que constitui o autismo foi redefinido. Isso pode fazer com que alguns pais acreditem que o autismo está aumentando, mesmo que isso não seja verdade.Os Centros para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos têm falado isso há anos , mas até agora não havia muita ciência para apoiar esta afirmação. Em um novo estudo, pesquisadores mapearam o número de crianças que se beneficiaram de educação especial entre 2000 e 2010 e descobriram que, enquanto o número de crianças com necessidades especiais se manteve constante ao longo da década, o número de crianças diagnosticadas com autismo quintuplicou.Esse fato sugere que o aumento no número de casos de autismo vem ocorrendo por uma mudança nos critérios de classificação, não no número de pessoas que têm o transtorno. Em outras palavras, é provável que esse mesmo número de pessoas autistas sempre tenha existido nos Estados Unidos, mas elas não eram diagnosticadas como autistas. Agora que conseguimos entender melhor o autismo, ele está sendo diagnosticado com mais frequência.“O diagnóstico é muito complicado, o que afeta o entendimento da predominância do autismo e distúrbios relacionados,” disse Santhosh Girirajan, autor principal do estudo e professor de bioquímica da Universidade de Penn State, nos Estados Unidos. “Cada paciente é diferente e deve ser tratado como tal.”
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MÃE DE CRIANÇA COM AUTISMO – COMO MANTER A SANIDADE FÍSICA E MENTAL
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Um estudo feito pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) revelou que mães de crianças e (jovens) adultos no Espectro do Autismo experimentam um estresse crônico e comparável a soldados em combate. Elas lutam contra a fadiga e a constante interrupção de suas tarefas, para atender primeiramente às necessidades de seus filhos especiais.
A famosa psicóloga franco holandesa, Dra. Martine Delfos, define um esquema de diferenciação entre a reação masculina e a feminina diante do autismo. Segundo a cientista, o acúmulo de testosterona no nível sanguíneo masculino, impulsiona os homens à ação. Já nas mulheres (mães), o acúmulo é de adrenalina, levando-as frequentemente a externarem um comportamento passivo, o que pode vir a gerar depressão. Isso porque as mulheres têm a tendência natural (hormonal) de fazerem uso inconsciente da estratégia “nice or victim”, ou seja, ‘boazinha ou vítima”. Enquanto os homens (os provedores por natureza) geralmente optam por atitudes mais ativas - como trabalharem mais horas a fim de melhor poderem prover à família -, as mulheres, induzidas pelos hormônios do estresse, assumem a atitude passiva de internalização da dor/preocupação com esta maternidade que exige mais cuidados. Ao mesmo tempo, seus cérebros se encontram em estado hiperativo, buscando a solução para os problemas que a criança apresenta.
Esse comportamento feminino, frequentemente resulta em doenças de origem psicossomática. A somatização é uma doença, em si. Nesse caso específico das mães de filhos com autismo, a iminência do ‘perigo’ (autismo do filho) gera essa alteração hormonal e esta produz, em seguida, o aparecimento de vários males, para os quais não se encontra uma explicação mais coerente.
Os órgãos femininos mais atingidos pelo acúmulo de estresse, gerado pela sensação de impotência diante do autismo e seus sintomas, são:
- Coração : taquicardia, hipertensão e arritmia cardíaca;
- Respiração alterada, atingindo: cabeça, músculos e pulmões;
Vale a pena ressaltar que no que diz respeito à respiração alterada, as dores de cabeça, tonturas, problemas de concentração e vista nublada são bastante frequentes. Também podem surgir dores musculares, de coluna e fibromialgia, assim como cansaço, insônia, hiperventilação, burn out (esgotamento nervoso) e até, em alguns casos, EM (esclerose múltipla).
Na verdade, poucas mães estão conscientes da relação entre seus (recentes) males – ou o agravamento destes – e o autismo de seus pequenos. A experiência tem demonstrado que a aceitação/entendimento de tal estado é o primeiro passo para a solução dos mesmos.
Para saber mais acesse:
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