As taxas de estudantes com necessidades especiais estão caindo, mesmo com a alta no número de casos de autismo. (Imagem: Penn State University)
Durante os últimos quinze anos, nosso entendimento do Transtorno do Espectro do Autismo evoluiu dramaticamente. Por causa de algumas controversas mudanças recentes, feitas no Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-V), mais crianças do que nunca estão sendo diagnosticadas como autistas porque o que constitui o autismo foi redefinido. Isso pode fazer com que alguns pais acreditem que o autismo está aumentando, mesmo que isso não seja verdade.
Os Centros para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos têm falado isso há anos , mas até agora não havia muita ciência para apoiar esta afirmação. Em um novo estudo, pesquisadores mapearam o número de crianças que se beneficiaram de educação especial entre 2000 e 2010 e descobriram que, enquanto o número de crianças com necessidades especiais se manteve constante ao longo da década, o número de crianças diagnosticadas com autismo quintuplicou.
Esse fato sugere que o aumento no número de casos de autismo vem ocorrendo por uma mudança nos critérios de classificação, não no número de pessoas que têm o transtorno. Em outras palavras, é provável que esse mesmo número de pessoas autistas sempre tenha existido nos Estados Unidos, mas elas não eram diagnosticadas como autistas. Agora que conseguimos entender melhor o autismo, ele está sendo diagnosticado com mais frequência.
“O diagnóstico é muito complicado, o que afeta o entendimento da predominância do autismo e distúrbios relacionados,” disse Santhosh Girirajan, autor principal do estudo e professor de bioquímica da Universidade de Penn State, nos Estados Unidos. “Cada paciente é diferente e deve ser tratado como tal.”