COMO AJUDAR CRIANÇAS COM AUTISMO A MELHORAR A INTERAÇÃO SOCIAL
Um dos principais objetivos do tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista é tomar medidas que propicie a melhora das condições para que a criança possa interagir socialmente. A interação social é fundamental para o desenvolvimento infantil, pois muitas habilidades cognitivas e adaptativas somente se completam durante a infância, quando estas se fazem durante o convívio e o compartilhamento de experiências com outras crianças.
No Autismo, a interação social está marcadamente prejudicada e deficitária por vários motivos: problemas sensoriais, atraso de linguagem, dificuldades para usar formas de comunicação e de perceber sentimentos, gestos e faces humanas. Portanto, estimular e intervir precocemente nestes atrasos é prioritário e, especialmente, deve ser empreendido antes dos 3 anos. Esta criança deve ser sempre colocada em atividades sociais, saindo de casa e indo para ambientes onde tem outras crianças. Sua escolarização pode ajudar muito para auxiliar neste processo, pois espontaneamente oferecerá atividades lúdicas, momentos de recreação, compartilhamento de tarefas, alimentação variada e direcionamento para regras e rotinas.
Os pais, por sua vez, devem buscar apoio psicoterápico comportamental e médico para intervenções dirigidas, para realocar comportamentos difíceis e direcionar para comportamentos socialmente adequados. Podem-se utilizar medicações que suavizem a hiperatividade, agressividade, problemas sensoriais e de sono, os quais podem reduzir habilidades de interação. O apoio da família é essencial para entender possíveis intercorrências negativas no cotidiano sentidos pela criança e diminuir, assim, medos e fobias específicas que podem gerar repúdio da criança para encarar novos ambientes ou até ambientes com os quais já tinha se habituado.
Neste contexto, a sensibilidade e a compreensão da escola é salutar e os professores devem ser preparados para a possibilidade de sair com a criança para fora da sala em caso de intolerâncias e desenvolver atividades alternativas e compensatórias, buscando assuntos ou meios que o atraia. Tais atitudes evitarão que a criança venha a repudiar a escola com seus barulhos e regras impositivas e passe a apreciar seu ambiente. Além disto, é importante tomar medidas que previnam bullying e conscientizem a todos na escola sobre o que significa o Autismo e como proceder com seu amigo autista, o qual costuma ser socialmente ingênuo e indefeso.
Por fim, todas estas orientações permitem, em conjunto, ampliar as possibilidades de interação social e o engajamento desta criança para estes momentos. Este tipo de auxílio, assim como a inclusão escolar do Autista depende destas abordagens, as quais o levarão a atingir novos patamares nos mais diversos contextos.
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